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Nota de posicionamento do Sintufes sobre a decisão da Ufes em firmar convênio com a Sesp/ES para  reforçar a segurança nos campi

Nota de posicionamento do Sintufes sobre a decisão da Ufes em firmar convênio com a Sesp/ES para  reforçar a segurança nos campi

Gestão da universidade alega não ter dinheiro, mas faz acordo de mais de R$ 4 milhões e sem nenhum diálogo com a comunidade acadêmica 



A gestão do senhor reitor Reinaldo Centoducatte é sim responsável por garantir a integridade física de trabalhadoras/es, estudantes e demais pessoas que circulam pelos campi da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). É sabido ainda que a insegurança, sobretudo nos campi de Goiabeiras e de Maruípe, é grande e casos de assaltos, de tentativas de estupro vêm sendo frequentes. E o que a gestão do reitor faz? 

Faz o que ela vem fazendo: toma decisões de gabinete, sem consultar a comunidade universitária, repleta de equívocos e incoerência. A Ufes tem divulgado na imprensa que sofreu cortes orçamentários de 70% nos últimos cinco anos. E que por conta disso, teve que tomar medidas como a de aumentar o valor do bandejão para estudantes de R$ 3 para 10 reais (almoço + janta). E, agora, a instituição revela que fará um convênio com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp/ES) para 117 policiais militares reforçarem a segurança nos campi. São policiais da reserva que devem começar a atuar a partir do segundo semestre. E sabe qual o valor do investimento? R$ 4,5 milhões!

Sabe como foi tomada a decisão pela realização do convênio? Decidida monocraticamente pelo reitor; sem consultar as entidades como o Sintufes, a Adufes ou mesmo o DCE. Sem pensar na pauta das mulheres, que reivindicam uma segurança especializada para atuar nos campi. Sem ouvir os movimentos sociais que discutem a questão da segurança pública. Sem levar em consideração os trabalhos da Comissão de Segurança da instituição, criada pelo reitor apenas para ‘inglês ver’, pois diversas propostas foram ignoradas. Um exemplo é que a comissão não havia proposto que a PM atuasse em Goiabeiras e passasse a assumir a segurança do campus (que é o que deve acontecer após a fase de transição da atuação da PM e da atual segurança terceirizada da Ufes, segundo o prefeito universitário indicou em entrevista à Rádio CBN Vitória). Em meio a isso, a instituição consegue mais de R$ 4 milhões, de verba da terceirização (orçamento de custeio para pagar os custos do convênio com a Sesp-ES dentre eles o salário dos policiais), sendo que há alguns meses ‘não tinha dinheiro para melhorar a iluminação nos campi’. 

Em relação à atuação dos policiais, o prefeito universitário disse na entrevista, que eles farão um treinamento e que vão atuar em abordagens “dentro do limite da lei, se houver a necessidade, ele vai abordar. Se a demanda do olhar do policial, identificar alguém com a postura suspeita, ele vai abordar”. Ele citou ainda que a divisão dos 117 será: 33 em Goiabeiras, 21 em Maruípe, 33 em Alegre, 24 em São Mateus, e seis na base de Oceanografia em Aracruz. 

Para o Sintufes, apesar do aumento da violência em todo País, a crescente onda de insegurança nos campi têm também relação com o processo de terceirização, do desmonte do estado promovido pelos governos, reduzindo a possibilidade de atuação de uma segurança especializada e concursada para de fato garantir o devido direito de ir e vir de trabalhadoras/es, estudantes e de quem circula pelas dependências da universidade. 

Diante disso, repudiamos veementemente o convênio e gostaríamos de atuar a fim de pensar estratégias em conjunto com a comunidade acadêmica para esta questão tão delicada, que não deveria ser decidida de forma autoritária, sem diálogo.

Diretoria colegiada do Sintufes

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