Após a mesa, os coletivos políticos apresentaram as teses do XXIV Congresso da Fasubra
A análise da conjuntura foi o destaque da manhã do segundo dia do XXIV Confasubra (quinta-feira, 18). Nela, há questões importantes e que apontam uma unidade entre os coletivos políticos da Federação. O evento acontece no Hotel Golden Tulip Brasília, na capital federal.
Na parte da tarde, foi realizada a defesa das dez teses inscritas no Congresso pelos coletivos políticos que as submeteram ao evento.
Conjuntura. O enfrentamento do fascismo, do neoliberalismo, da extrema direita e a prisão de Bolsonaro são pontos que unificam os coletivos políticos da base da Fasubra.
Há, ainda, unidade na importância da mobilização da classe trabalhadora para avançar a luta por direitos e em favor da democracia. E no embate para derrubar propostas do Congresso Nacional, que tenham por objetivo atacar conquistas dos servidores públicos ou congelar reajustes salariais e concursos públicos.
O projeto do marco fiscal, que tramita com urgência no Parlamento, foi duramente criticado, a mesa da conjuntura se posicionou contrário ao caráter da proposta. O Confasubra tem mostrado disposição para lutar por sua derrubada, assim como foi feito com a PEC da Reforma Administrativa.
A importância de fortalecer a Fasubra e seus sindicatos de base na organização da classe trabalhadora para seguir avançando na luta também é ponto de unidade. Para isso foi apontado que a Federação e seus sindicatos precisam de independência de atuação.
Relação com governo
Há coletivos que são mais incisivos diante do governo Lula. Entendem a importância da derrota de Bolsonaro, mas apontam que o governo tem ligações com partidos de direita e colocam a proposta do arcabouço fiscal na conta do ministro da economia, Fernando Haddad.
Outros coletivos já entendem a importância de o governo dialogar mais com os movimentos sociais, com a classe trabalhadora e apontam o Congresso Nacional como alvo a ser combatido, em razão de senadores e deputados bolsonaristas, de bancadas da bala, do agro etc. Esses coletivos entendem que vale se aliar com antigos adversários para derrotar o projeto fascista.
Composição da mesa da conjuntura
A mesa da conjuntura foi composta por representantes de cinco coletivos da base da Fasubra.
- João Paulo (JP) Ribeiro – CTB*
- Diego Weidemann Rache Vitello– CSP-Conlutas
- José Maria Castro – CUT*
- Valério Arcary – Resistência/PSOL
- Gecira Di Fiori – Ressignificar
- Marcelino Rodrigues – Fasubra (mediação)
- Rosângela Gomes Soares da Costa – Fasubra (mediação)
*São coordenadores da Fasubra.
Teses
A Chapa Travessia, integrada pelo coletivo da direção do Sintufes de mesmo nome, defendeu a tese “Travessia Coletivo Sindical e Popular – campo Sonhar Lutar”. Quem fez a defesa foi o coordenador do Sintufes Wellington Pereira.
A Chapa União e Luta é representada por três coletivos da direção do Sintufes. Três integrantes de cada coletivo, dividiram o tempo de apresentação da chapa, e fizeram a defesa de suas respectivas teses:
-Trabalhador Marcelo Rosa, do coletivo Sintufes pela Base fez a defesa da tese “Unir – Unidade, Resistência e Luta – coletivo cutista da Fasubra”;
-O coordenador do Sintufes Filipe Skiter, do coletivo Taes de Luta fez a defesa da tese “Frente Base – Organizar os debaixo para derrubar os de cima”;
-O coordenador do Sintufes Luiz Antônio de Araújo Silva, do coletivo Vamos à Luta fez a defesa da tese “Ousadia e Luta – Obter vitórias nas campanhas salariais sem abandonar a defesa de um país livre da extrema direita”.
Demais teses do Congresso
- -MOVIMENTO INDEPENDENTE DO SINDICATO ASSUFOP PELA BASE
- -RESSIGNIFICAR
- -COMBATE SINDICAL
- -PSLIVRE PENSAMENTO SINDICAL LIVRE
- -POR UMA FASUBRA CLASSISTA UNITÁRIA E DE LUTA – CTB
- -MLC MOVIMENTO LUTA DE CLASSES