O Sintufes segue lutando em defesa da categoria que vem atuando em meio à pandemia de covid-19. No Hucam, o Sintufes vem negociando com a Superintendência do Hospital desde o início das medidas de proteção contra a transmissão da doença.
Nesta quarta-feira, 11 de novembro, a direção do Sintufes vai se reunir, novamente, com a Progep/Ufes e a Superintendência do Hucam para defender que a escala de plantão de 12 horas de trabalho por 60 horas de descanso, com complementação da jornada e escala fixa de 12 (doze), seja mantida até 31 de dezembro, conforme já havia sido negociado.
A cobrança vai precisar ser feita porque a Superintendência do Hucam decidiu por suspender a escala diferenciada (de 12 plantões), desde o início de novembro. Essa informação foi enviada pela Superintendência, via ofício à Progep, no dia 4. A Superintendência alega que precisa que os plantonistas voltem a fazer 13 plantões/mês para dar conta da demanda do Hospital. Porém, a determinação tem suas contradições.
Uma delas é que a Ebserh fez contratação temporária de trabalhadores e ainda recebeu um aporte de recursos humanos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa-ES) para dar suporte as demandas do hospital em meio à pandemia. Mas tais contratos continuam até março de 2021.
Vale ressaltar que muitas/os trabalhadoras/es, que contraíram covid-19, e precisaram ser afastadas/os já retornaram as suas atividades. Além disso, a Superintendência decidiu reabrir os ambulatórios e retomar as consultas eletivas desde agosto. O sindicato defendia que tal reabertura fosse gradual. O que não aconteceu.
Fato é que desde a reabertura dos ambulatórios, o Hucam vem funcionando com trabalhadoras/es do contrato emergencial, da Sesa, da Ebserh e do RJU (inclusive dos que retornaram a partir da reabertura dos ambulatórios) desde agosto. O que mostra que a escala de 12 plantões não tem atrapalhado o atendimento da demanda.
Pandemia continua e aumentam casos!
O Sintufes entende que a Superintendência deveria ter pensado melhor nas consequências da reabertura dos ambulatórios e do próprio andamento da pandemia de covid-19 em si.
O sindicato vai defender a manutenção dos 12 plantões por entender que um plantão a menos faz diferença na exposição à covid-19 que o trabalhador tem seja no local de trabalho, seja no deslocamento para ir trabalhar, em especial para quem depende de transporte coletivo.
A Superintendência precisa avaliar melhor todas as consequências em meio à pandemia. Há casos de pessoas que se contaminaram pela segunda vez, o número de casos de covid vem aumentando, já que a população não está respeitando as medidas de proteção. O número de ocupação dos leitos também.
A pandemia continua. O Estado já está revendo a decisão de ter reaberto escolas por conta do aumento dos casos. Será que consultas eletivas não podem ter de ser suspensas novamente? Assim como a própria reabertura dos ambulatórios? Estamos na primeira onda da covid-19 no País, até a vacina ficar pronta vamos ter que adotar medidas de biossegurança, de distanciamento social. Por isso, vamos defender a manutenção dos 12 plantões para a nossa categoria que atua no Hucam.