Em assembleia do Sintufes, em julho, a categoria tirou posicionamentos em relação ao retorno presencial das atividades na Ufes. O objetivo foi o de garantir as condições mínimas necessárias para o retorno presencial, de forma gradativa, observando-se os grupos de risco e garantindo o máximo de segurança para todas/os.
É importante destacar que a universidade manteve seu funcionamento durante todo período de pandemia e que discute agora um avanço no retorno de atividades presenciais, considerando os indicadores que apontam para estabilidade do covid-19.
Em sessão do Conselho Universitário da Ufes, na terça 31 de agosto, a Comissão de Legislação e Normas (CLN/Consuni) pediu mais prazo para analisar e emitir um parecer sobre a transição da Fase 2 (prevalecem atividades remotas) para a Fase 3, que é o sistema híbrido (remoto e presencial). Ela seria decidida ali naquele momento.
“A CLN não teve tempo hábil para fazer a devida análise no documento da Reitoria com as respostas sobre as adequações dos centros (para receberem atividades presenciais) e respostas de outros questionamentos da Comissão. Por isso foi feito o pedido de retirar de pauta”, explicou a representante dos técnicos no Conselho Universitário e na CLN, Luar Santana de Paula, coordenadora-geral do Sintufes.
Ela lembrou que a cobrança por mais respostas da Reitoria foi uma reivindicação da própria CLN. “O documento inicial (orientando a mudança da Fase 2 para Fase 3) apresentado pela Reitoria estava muito sucinto. A CLN fez os questionamentos para que a Ufes apresentasse mais detalhes, mais informações para garantir o retorno com as devidas condições. E isso também foi uma deliberação da categoria tirada em assembleia do Sintufes”.
Para o sindicato, é importante salientar que a decisão do Consuni pelo retorno gradativo das atividades presenciais precisa ser feita considerando as devidas adequações para este retorno. A Ufes não pode apenas apontar para mudança de Fase 2 para Fase 3. Ela tem que apresentar as condições para essa mudança. Ela precisa seguir o plano de biossegurança e de contingência, considerar os boletins do COE (Comitê Operativo de Emergência da Ufes para covid), mapas de risco do governo do Estado, as contribuições dadas pelos centros e pelas entidades, Sintufes, Adufes e DCE. Uma reivindicação das entidades ainda não foi atendida pela Universidade, que é ampliar a discussão sobre o retorno com a comunidade universitária.
“Estamos cobrando essa discussão no Conselho Universitário, de avaliar as adequações da Ufes, e de defender os encaminhamentos da categoria nessa deliberação que o Conselho vai precisar tomar para a adequação do sistema híbrido, retornando aulas práticas, inicialmente, e demais atividades de forma gradual, escalonada e segura”, assinalou a coordenadora.
Quais são as reivindicações para o retorno presencial?
-Unificar a discussão do retorno presencial acadêmico com a do administrativo;
-Retornar as atividades presenciais a partir do início do semestre 2021/2 (previsto para 3 de novembro);
-Que haja tempo hábil de organização desse retorno presencial;
-Retornar com escalonamentos, de forma gradativa;
-Manter os grupos de risco em trabalho remoto;
-Vacinação ampla da comunidade universitária;
-Adequações da infraestrutura da universidade.
-Observar as recomendações do plano de biossegurança e de contingência (jornada e turnos flexibilizados; garantia de recursos para adequação da estrutura física dos setores; revisão dos contratos das empresas de limpeza, disponibilização de EPI conforme orientação dos órgão de saúde; observar a vacinação dos estudantes, terceirizados e outros;
-Assembleia Universitária antes de o Consuni decidir sobre o tema.