Sintufes repudia ação covarde da PM do Rio de Janeiro e manifesta apoio aos professores cariocas

Confira aqui a moção! Diretores do Sintufes acompanham a luta do magistério e a excessiva repressão policial aos manifestantes

Amarildo de Souza foi submetido a choques elétricos e asfixiado com saco plástico. Com essa frase, a página de O Globo iniciou a matéria sobre o inquérito da Polícia Civil sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro, que era epilético e não resistiu à sessão de tortura que ocorreu num dos contêineres da UPP a Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, no Rio de Janeiro.

A confirmação da tortura do ajudante de pedreiro foi divulgada, nesta quarta-feira, 02 de outubro, um dia após a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovar o novo plano de carreiras do magistério municipal.

E durante toda esta semana, sobretudo nos dias que antecederam a aprovação do plano, os professores, em greve há quase dois meses, sofreram intensa repressão policial e foram duramente atacados pela Polícia Militar na Cidade Maravilhosa.

O que só ratifica que a resposta do Estado a manifestações populares é a truculência, a covardia, a repressão, chegando até a morte, no caso do Amarildo, cuja ligação com a greve dos professores se dá apenas pela ação descabida da Polícia, comandada pelo governador Cabral, contra a população.

Confira aqui a moção de repúdio à PM, aos governos municipal e Estadual do RJ e de apoio aos professores. 

Sintufes acompanhou o protesto do dia 1º

Os coordenadores do Sintufes, Wellington Pereira, Alcimar Corrêa e Jussara Menezes chegaram ao Rio de Janeiro na terça-feira, 1º, para participarem do seminário O Negro no Pensamento Social Brasileiro, promovido pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), nos dois primeiros dias de outubro.

Afinados com a luta da classe trabalhadora, os diretores do Sintufes acompanharam os protestos nas redondezas da Câmara Municipal do Rio, na tarde/noite da terça, 1º.

Foi uma batalha campal. Covardia policial extrema contra os professores. E toda a confusão na cidade, o comércio fechado e a população acuada foram causadas pela ação repressiva da Polícia Militar do governador Cabral, informou Pereira.

A coordenadora Jussara divulgou, em seu perfil no Facebook, sua avaliação da repressão policial:

Nunca vi tanta covardia por parte do governo Cabral e do prefeito Paes através do aparato de repressão com a milícia policial e até o Exercíto para atacar trabalhadores que lutam pelos seus direitos mais justos… Estou indignadíssima com o que vi, vivi aqui, uma verdadeiro arsenal de guerra com helicópteros bombas, muitas bombas, muitos policiais do Batalhão de Choque, muitas covardia contra os trabalhadores da educação, uma falta de respeito muito grande.

Ela sentiu na pele o efeito do gás lacrimogêneo lançado indistintamente pela PM.

Vi, vivi e participei. Estou com a pele toda ardida das bombas, dos gases dos spray de pimenta, mas o que arde mais é a indignação. #sempalavras. E vamos à luta.

Sem debateO plano de carreiras aprovado pela Câmara é chamado, pelo Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação do Rio de Janeiro (Sepe) de plano de carreiras do governo Paes.

Segundo a entidade sindical, a categoria foi rechaçada do debate em torno do plano. E a proposta do Sepe para formulação do plano de carreiras dos professores foi ignorada.

Fonte da imagem: Reprodução Facebook.