O Sintufes mais uma vez marcou presença no Grito das Excluídas e dos Excluídos no Estado. O ato ratificou a força popular nas ruas para derrotar Bolsonaro.
A 28ª edição do Grito, realizada no bicentenário da Independência, trouxe o seguinte questionamento: “Brasil, 200 anos de (In)dependência. Para quem?”. O ato reconhece que a data de 7 de setembro é na verdade um marco do bicentenário da dependência do Brasil. Nosso país segue há 200 anos imerso em um sistema político falido em que, nas palavras do hino oficial da marcha:
O pobre sempre mais pobre
O rico sempre mais rico
Fome, violência e desemprego
São alguns dos nossos gritos
(Hino do Grito de 2022 – Jadir Bonacina e Sergio Turcão – Mistura Popular)
Não há real independência em um país em que 33 milhões de pessoas estão atingidas pela fome. Não há real independência se milhares de brasileiros ainda vivem em situação de rua sem ter casa para morar.
Educação Pública de Qualidade para o Nosso Povo!
O Sintufes atuou ativamente na organização do 3º eixo do 28º Grito das Excluídas e dos Excluídos. O tema deste eixo foi a Educação Pública. Como parte das ações, junto a outras organizações como a Adufes, o Sindipúblicos, a Igreja Presbiteriana Unida e a União da Juventude Rebelião, entre outros, o sindicato providenciou a afixação de cartazes contendo denúncias sobre como a educação pública tem sido maltratada pelo governo bolsonarista.
Nas denúncias, as entidades criticaram os duros cortes no orçamento da educação pública, a evasão agravada pelo ensino remoto precarizado da pandemia e os tristes números de milhares de crianças e adolescentes fora da escola.
Vai ecoar no dia 2 de outubro!
Foto de Luciano Coelho
O grito pelo #ForaBolsonaro soou forte na marcha. Este grito deve ecoar nas urnas no dia 02 de outubro quando as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros votarão para que o pior governo da história seja retirado do Planalto.
Na luta!
Foto de Luciano Coelho
O 28º Grito das Excluídas e Excluídos reuniu trabalhadoras e trabalhadores, da ativa ou aposentados, do campo e da cidade. Também congregou sindicatos, centrais sindicais, pastorais sociais, movimentos sociais e partidos políticos da esquerda. Nas ruas, uniram-se a população LGBTQIA+, a população preta e indígenas das aldeias de Irajá, Comboios, Caieiras Velha e Pau Brasil, de Aracruz, que também marcaram presença.
Fome de quê?
Além de #ForaBolsonaro, o povo na rua gritou por comida, por água, por moradia, por direitos sociais e trabalhistas e a favor da vida! O Movimento dos Pequenos Agricultores e a Via Campesina também lembraram da importância dos trabalhadores do campo: “Se o campo não planta, a cidade não janta. Se o campo não roça, a cidade não almoça”.
Percurso
O 28° Grito das Excluídas e dos Excluídos saiu do campus de Goiabeiras, percorrendo a Fernando Ferrari e a Reta da Penha. Em frente à Petrobras, houve um protesto em favor da autonomia brasileira e da soberania do povo em sua relação com petróleo do Brasil. A marcha seguiu na Avenida Rio Branco até a Praça Judith Braz Coutinho, em Gurigica, onde o 28º Grito foi encerrado.
Transmissão
O 28º Grito das Excluídas e Excluídos de Vitória foi transmitido pelo canal do Youtube da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes). A transmissão foi ancorada pela Edineia Figueira do Fórum Igreja e Sociedade e pelo Helder Boza do Movimento dos Atingidos por Barragens. No ato, a presidenta da Adufes Junia Zaidan e o jornalista Anderson Cacilhas enriqueceram a cobertura com entradas ao vivo das ruas. Também participaram da transmissão companheiras e companheiros de toda parte do Brasil.
Confira as fotos do 28º Grito das Excluídas e Excluídos
