Sintufes, Adufes e DCE participam da reunião que poderá ser acompanhada por toda comunidade universitária
Você se lembra da primeira vez que ouviu falar em cortes no orçamento da educação pública? A década passada foi repleta de tesouradas para o setor. Em 2017, faltava dinheiro até para pagar luz. Foi o primeiro ano em que vigorou a Emenda Constitucional 95/2016 (a PEC do Fim do Mundo), permitindo congelamento de recursos por até 20 anos. Ou seja, se já faltava dinheiro em 2017, pois o MEC também contingenciou naquele ano, a situação ficou pior com o congelamento dos repasses federais para 2018, 2019, 2020.
Vem 2020 com a pandemia. A rotina da Universidade muda, e o governo quer que o serviço público pague a conta da crise da covid-19. Propostas de redução da jornada e do salário foram ameaças constantes feitas pelo Governo Bolsonaro. Em 2021, no mês de janeiro, as universidades receberam apenas 2,22%, já que as deliberações em torno do Orçamento de 2021 atrasaram (a Lei Orçamentária só foi sancionada no final de dezembro de 2020). O percentual representa 1/18 do universo de 40% dos recursos totais para as universidades. Essa fração deveria ser no mínimo de 1/12.
Para piorar, a Lei Orçamentária de 2021 já embute um corte de quase 20% para despesas de custeio das Universidades. Caso o Brasil estivesse vacinando e pudéssemos falar em retorno presencial, possivelmente a Ufes teria dificuldades para pagar suas contas. Mesmo com atividades suspensas, a Ufes ainda assim terá dificuldades. Sem falar nos ataques aos nossos direitos, como os que virão caso a PEC Emergencial (186/2019) e a PEC 32/2020 (reforma administrativa) sejam aprovadas. Precisamos seguir lutando contra isso!
Para que a Ufes e demais universidades possam funcionar seja neste cenário terrível da pandemia ou depois dele, precisamos nos unir contra os cortes nos orçamentos das universidades.
Vamos acompanhar a sessão conjunta dos Conselhos Superiores da Ufes que terá a presença do Sintufes, Adufes e DCE. Na terça-feira, 22, às 14, no YouTube da Ufes