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Radicalização do movimento: categoria segue forte na greve

Radicalização do movimento: categoria segue forte na greve

Os setores financeiros dos campi da Ufes de Vitória amanheceram fechados, nesta quinta-feira, 2 de agosto. O fechamento segue orientação do Comando Nacional de Greve, além de fazer parte da radicalização do movimento paredista, em virtude da protelação do governo federal em negociar com a categoria.

O Departamento de Contabilidade e Finanças (DCF) do campus de Goiabeiras, localizado dentro da Reitoria, ficou trancado nesta quinta-feira, 2. O setor de pessoal, protocolo, contabilidade e de compras e licitação do campus de Maruípe também não abriu.

Tapete vermelho na recepção do DCF, que ficou fechado durante todo o dia 

No dia 1º, a categoria decidiu seguir a orientação do Comando Nacional de Greve de fechar os setores responsáveis pelas finanças, que fazem pagamento às empresas, que prestam serviços à universidade, revelou o representante do Comando Local de Greve do Sintufes, Wellington Pereira.

Também integrante do CLG do Sintufes, José Magesk aponta para a intensificação do movimento paredista. Isso aqui (fechamento dos setores financeiro) é a resposta ao governo e a prova de que a nossa greve vai ficar cada vez mais contundente, alertou.

Segundo dia consecutivo
Parece até que o CLG do Sintufes previu que os setores financeiros seriam a “bola da vez” da radicalização da greve.

Isso porque, na quarta-feira, 1º de agosto, o CLG já havia fechado o setor de pessoal, protocolo, contabilidade e de compras e licitação do campus de Maruípe, pois a categoria assim tinha decidido, na terça-feira, 31 julho.

Novos setores estão no alvo dos grevistas e serão fechados, conforme vêm ocorrendo desde o início da semana, na segunda 30.

Confira os piquetes deste semana
Reitoria foi fechada na segunda, 30;
Todos os acessos de veículos ao campus de Goiabeiras, na terça-feira,31;
Setor de pessoal, protocolo, contabilidade e de compras e licitação do campus de Maruípe, na quarta-feira, 1º;
Setores financeiros dos campi de Maruípe e Goiabeiras, nesta quinta-feira, 2;
?, nesta sexta-feira, 3.

Ainda não será divulgado qual o próximo setor será alvo do piquete dos grevistas, mas esta incógnita será revelada logo no raiar desta sexta-feira, 3. E a ação vai acontecer. Faça chuva, faça sol. Pois a greve se fortalece a cada dia. Os trabalhadores têm disposição de sobra, inclusive. Têm até se solidarizado a outras categorias.  

Seguindo orientação nacional
A orientação do Comando Nacional de Greve da Fasubra foi de radicalizar as ações da greve dos trabalhadores técnico-administrativos em educação, desde o início dessa semana, na segunda-feira, 30 de julho. Isso, pois o governo acenava com a apresentação de uma proposta no dia 31, terça-feira.

Além de nada apresentar, o governo (mais uma vez) protelou. Jogou as negociações para semana entre 13 e 17 de agosto. Resultado: a categoria começou a semana radicalizando com o movimento e seguirá assim.

Reunião no MEC. Cabe lembrar que o ministro Aloísio Mercadante, do MEC, chamou o Comando Nacional de Greve para uma reunião na segunda-feira, 30. No encontro, o Mercadoria pediu uma trégua na greve e disse que apresentaria uma proposta aos técnicos de índice linear no PCCTAE. Mas isso só seria apresentado, após resolver a questão dos docentes, informando ainda que a última proposta apresentada aos professores é a que o governo tem.

Reajuste linear? Fala sério!
A reunião com Mercadoria não agradou. A proposta que o ministro fez de conceder reajuste linear aos trabalhadores técnico-administrativos não tem acordo nenhum com os grevistas, já que fica muito aquém da pauta de reivindicações.

Essa conversa de linearidade é pauta emergencial de reajuste da inflação, e nós não podemos acreditar nisso. Foi mais ou menos o que eles ofereceram aos professores. Com essa proposta não existe acordo, pois o governo conhece bem as nossas reivindicações, argumento o representante do CLG, José Magesk.

Afinal, senhor ministro, a pauta da categoria dos TAE’s é:

I-Eixo Específico:
– Reajuste Salarial: Recurso para o piso – Piso de 3 Salário Mínimo (SM) e Step de 5%;
– Racionalização dos Cargos;
– Reposicionamento dos Aposentados;
– Mudança do Anexo IV (Incentivo a Qualificação);
– Devolução do Vencimento Básico Complementar Absorvido (Mudança na Lei da Carreira –
11.091/05);
– Isonomia Salarial e de Benefícios entre os Três Poderes.

II- Eixo Geral:
– Luta contra a EBSERH;
– Luta contra a Terceirização, por concurso Público já!;
– Lutar por 10% do PIB para Educação;
– Implantação da jornada ininterrupta de trabalho de 30h sem redução de
salário;
– Contra a MP 568/12 nos artigos que atingem a redução Salarial dos Médicos e
Médicos Veterinários e da Insalubridade/Periculosidade;
– Em defesa da Negociação coletiva, Data Base e definição da política salarial;
Ascensão Funcional (em defesa da PEC 257/95).

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