É inegável a importância de derrotar Bolsonaro no segundo turno das Eleições. Inimigo declarado dos trabalhadores, o pior presidente desde o fim da ditadura militar do Brasil tem atacado as universidades e o serviço público com força total. Diante deste cenário, o Sindicato dos Trabalhadores na Ufes não tem dúvida: neste segundo turno devemos votar em Lula pelo Fora Bolsonaro.
No primeiro turno, apontamos que o Brasil se tornou palco de ataque aos direitos da população. Os governos de Temer e Bolsonaro foram marcados por sucessivos ataques à educação, à saúde, ao meio ambiente, à moradia, ao saneamento e à habitação.
Sob os aplausos da burguesia brasileira e da classe média iludida, Temer e Bolsonaro promoveram o desmonte do Estado Nacional. Aprovaram medidas como a Emenda Constitucional nº 95/2017 que estabeleceu o teto de gastos nas áreas sociais, a EC nº 103/2019, que estabeleceu uma cruel Reforma da Previdência, e a EC nº 113/2021, que estabeleceu um teto e impôs o parcelamento dos precatórios da União, um verdadeiro calote. Ainda tentaram aprovar a PEC 32/2020, a reforma administrativa que visa desmontar o serviço público, que voltou a tramitar agora no Congresso Nacional.
Bolsonaro é responsável pela morte de parte importante dos 680 mil brasileiros afetados pela Covid-19, pelos 15 milhões de desempregados, pelos mais de 33 milhões de brasileiros passando fome, pela inflação de dois dígitos, pela corrupção oficializada por meio do orçamento secreto, pelo desmonte da educação, pela saúde mal administrada, pela destruição do meio ambiente, enfim, por nos entregar um país sucateado. A notícia mais recente de corrupção da Codevasf na qual mais de 1 bilhão foi desviado pelo Centrão com apoio do genocida. Bolsonaro precisa ser expulso do Palácio do Planalto. Para isso, os trabalhadores devem votar em Lula.
O Sintufes se empenhará na eleição de Lula, derrotando Bolsonaro e seu projeto nas urnas. Mas sabemos que a resposta das urnas não será suficiente para derrotar o bolsonarismo e a ultradireita. Somente o fortalecimento da classe trabalhadora será capaz de fazer frente ao retrocesso regado com o ódio e o sangue da população desse país nos últimos quatro anos.
No Espírito Santo, o cenário é semelhante ao nacional. Para o movimento sindical, a prioridade é impedir a eleição de Manato nas urnas. Nos últimos quatro anos, não houve diálogo por parte do Governo Casagrande com o movimento sindical, com as centrais e os sindicatos do serviço público, nem com os movimentos sociais urbanos e rurais. Buscando superar esse quadro, as Centrais Sindicais apresentaram uma carta de compromisso com o diálogo por parte do governador junto aos trabalhadores e trabalhadoras, na qual Casagrande se comprometeu a não privatizar o Banestes, a Cesan e manter uma mesa permanente de negociação com o movimento sindical e social. Por isso, defendemos o voto em Casagrande para derrotar Manato e o bolsonarismo.
Votar em Lula não significa alinhamento com o projeto capitalista e social-liberal representado na figura de seu vice Geraldo Alckmin, nas alianças do 2º e do mercado. Embora, acreditamos que teremos canal de diálogo para apresentar nossas pautas, algo que não ocorreu nos últimos anos. Também não implica que nosso sindicato estará submetido às bases e à estrutura do lulismo. Votaremos em Lula, mas não nos retiraremos da luta pela revogação de todas as reformas que tiraram direitos dos trabalhadores, em defesa da Universidade Pública, em defesa da nossa carreira e pela reposição das perdas, pela reestruturação dos Conselhos Sociais, em defesa das liberdades democráticas e direito de auto-organização, e contra toda e qualquer ideia de privatização das universidades.
Eles querem vencer pelo medo. Nós vamos vencer pela luta e esperança!
Vote em Lula, pelo Fora Bolsonaro!