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Pós greve: Sintufes cobra solução urgente para corte de salário no Hucam e reivindica jornada de 30 horas para todos na Ufes. Assinatura do termo de acordo será no dia 10

Pós greve: Sintufes cobra solução urgente para corte de salário no Hucam e reivindica jornada de 30 horas para todos na Ufes. Assinatura do termo de acordo será no dia 10

O termo de acordo de greve no âmbito da Ufes deverá ser assinado pelo reitor e pelo sindicato na próxima quarta-feira, 10. Esse foi um dos encaminhamentos da reunião da Comissão de Interlocução (Comitê de Crise), realizada nesta sexta-feira, 5, na Reitoria.

Os representantes da direção do sindicato cobraram urgência por parte da gestão da Ufes para resolver o problema de corte no salário e de falta injustificada, registrados durante a greve no Hucam. Essa questão deverá constar no termo de acordo que versará também sobre a reposição das atividades dos grevistas. A jornada de 30 horas (para todos e sem desconto na remuneração) foi outro ponto que a direção do Sintufes trouxe à mesa, destacando que ela está no termo de acordo assinado com o governo e que a Ufes deve buscar viabilizar a sua aplicação. A resolução de conflitos nos campi foi mais um encaminhamento do encontro.

Cabe reforçar: até a assinatura do termo, NINGUÉM DEVE SE SUBMETER A DESMANDOS E COBRANÇAS DE CHEFIAS EM TORNO DA REPOSIÇÃO DAS ATIVIDADES!

Resolução de conflitos. A percepção que se tem é que a greve acentuou alguns conflitos na Ufes, mas boa parte deles acontece mesmo fora de períodos grevistas. Houve chefias, como a da Área Experimental, do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias, em Alegre, que não consideraram hora extra realizada. Outras que descumpriram resolução do reitor em relação à falta por greve. Houve problema com o comunicado de adesão à greve com outras chefias, que cobravam uma comunicação formal, por email, sem que houvesse essa necessidade.

Ebserh x Hucam. A greve foi o estopim para trazer à tona toda a pressão que a Ebserh faz sobre os trabalhadores RJU no Hucam. Por sua vez, a Reitoria faz vista grossa, “lava as mãos”. A seção Progep do Hucam conta com dois funcionários que atendem demandas de servidores RJU. Porém, não há uma chefia que responda pelas demandas às quais os servidores RJU lotados no Hucam não possam resolver.

O Nasth (Núcleo de Atenção à Saúde do Trabalhador), uma conquista histórica da categoria dos técnicos, foi tomado pela Empresa Brasileira, se tornando Sost (Saúde e Segurança do Trabalhador do Hucam). Porém, a preferência é do trabalhador do Hucam celetista, pois o técnico RJU não se sente acolhido no setor, que é fundamental para realização de exames periódicos.

Em um cenário desses e diante do movimento paredista, as chefias da Ebserh foram duras com os trabalhadores em greve. Para se ter uma ideia, há um caso de uma trabalhadora que não aderiu a greve, mas levou falta em razão desses mandos e desmandos persecutórios de chefias do Hucam. Há servidores do RJU que estão cedidos para a Empresa Brasileira, mas ignoram pleitos de quem é da sua própria carreira.

A realidade da atuação na área hospitalar já é bem complexa, mas com essas relações de trabalho o ambiente fica consideravelmente adoecedor!

Mais encaminhamentos e termo de acordo
Os representantes da categoria apontaram encaminhamentos para serem contemplados no termo de acordo de greve. O Sintufes fez uma minuta do termo, a Progep também. Na quarta, 10, será feita a sistematização dos dois documentos para que seja finalizado o termo e assinado pelo reitor e pelo sindicato.

Dentre os encaminhamentos estão:
-Criar uma comissão para elaborar um plano de escala 12×60 com 30 horas sem redução de salário  e hora ficta (para trabalhadores que fazem jornada noturna);
-Criar uma comissão para começar a criar um banco de dados em torno do RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências), que está previsto para ser implementado a partir de 2026;
-Convocar trabalhadores que têm IQ (incentivo à qualificação) indireto para eles serem identificados e passarem a perceber o valor do IQ de relação direta com o ambiente organizacional, já que essa conquista da greve passa a valer em janeiro de 2026;
-Recompor a comissão de assédio moral e sexual da Ufes;
-Criação de uma comissão para mediação de conflitos na universidade.

Vale lembrar que essas questões ainda não estão contempladas. Caso sejam, o sindicato deve orientar que as comissões sejam legalmente instituídas pela universidade com objetivos definidos para que efetivem os seus respectivos trabalhos.

O que vem por aí?
-Reunião em torno do termo de acordo de greve, no dia 10, às 13h30, na Reitoria (o Sintufes cobrou a presença do reitor para assinatura presencial do documento);
-Reunião da Comissão de Interlocução para tratar da Mediação de Conflitos, no dia 15, às 9h, na Reitoria.

Segundo a Reitoria, a gestão do reitor já pautou a criação de uma comissão para mediar conflitos.

Quem participou da reunião da Comissão de Interlocução
Pelo Sintufes: a coordenadora-geral, Patrícia Paulino Bianchini; o coordenador-geral Wellington Pereira; o coordenador de Administração e Finanças, Luiz Antônio de Araújo Silva; a coordenadora Luar Santana de Paula;

Pela Fasubra, o coordenador Jurídico e de Relações de Trabalho, Marcelo Rosa Pereira; pela base do Sintufes, o trabalhador intérprete de Libras, Joaquim Cesar Cunha Dos Santos; a trabalhadora do CCS Wilma Cairu Josefa e a trabalhadora do Hucam Edirene Coninck.

Pela Ufes: Patrícia Rufino e Josiana Binda; e pelo Hucam/Esberh Lucinete de Oliveira Souza.

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