Ato chama atenção da população e é bem divulgado pela imprensa capixaba
Os trabalhadores técnico-administrativos em Educação paralisaram suas atividades no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), nesta quinta-feira, 09, em Vitória. A reivindicação dos manifestantes é por melhores condições de trabalho no Hospital.
E também para alertar o povo que os principais culpados pelo cenário caótico do Hucam são a direção do hospital/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a Reitoria da Ufes e o Governo Federal.
Veja aqui fotos que o Sintufes fez de setores do Hucam
O reitor entregou o Hospital para Ebserh de forma autoritária, atendendo a política de privatização do governo Dilma, que gasta mais de R$ 50 bilhões com Copa do Mundo, mas deixa um Hospital desse, que é referência em alta complexidade no Estado, nessa situação. E a Ebserh mostra que não trouxe melhoria nenhuma, pois deixa o hospital nessa estado, frisou o coordenador do Sintufes, José Magesk.
O ato
A categoria começou a panfletar e a explicar à população os motivos da paralisação por volta das 6 horas da manhã.
Emissoras de TV, de jornal impresso e de rádio estiveram no hospital para divulgarem a paralisação. E a direção do Sintufes fez questão de levar as denúncias levantadas na assembleia do dia 07.
O CTI (Centro de Terapia Intensiva) fica infestado de baratas e até ratos à noite. Por causa da falta de material de trabalho, seringas já foram usadas e lavadas, equipos (mangueira que leva soro e medicação à veia do paciente) são usados por 10, 15 dias, quando deveriam ser usados por três, obras que não acabam mais, armários com cupins, e a direção do hospital, a Reitoria e o governo fingem que não estão vendo. Não dá para um hospital funcionar nessas condições. Isso precisa ser resolvido, cobrou a diretora do Sintufes e coordenadora-geral da Fasubra, Janine Vieira Teixeira.
Povo apoia!
Apesar de populares ficarem indignados com a paralisação, há quem reconheça o valor do movimento promovido pela categoria e pelo Sintufes.
É o caso da aposentada Derci Ferreira da Silva, que aos 80 anos valorizou a luta da categoria e indicou de quem é a culpa pela situação do Hucam.
Estou a favor dessa paralisação, pois quem não luta pelo seu direito, não é digno dele. As críticas que vocês fazem aqui elas têm que ser ouvidas pelo diretor do hospital, vamos lá para porta do hospital, disse a aposentada, mostrando que ela não se preocupou em perder a consulta, entendendo que a luta vai muito além da paralisação de 24 horas.
Funcionamento
Cerca de 30% dos atendimentos ambulatoriais e da marcação de consultas foram realizados. Os programas especiais, cirurgias, urgência e emergência não foram afetadas pela paralisação.