Moção de apoio à Asunirio e contra os ataques da Reitoria da Unirio

Moção de apoio à Asunirio e contra os ataques da Reitoria da Unirio

Diretoria Colegiada do SINTUFES, em reunião ordinária na segunda feira, dia 23 de maio de 2016, vem a público manifestar o seu apoio aos diretores da Associação dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Asunirio)

A Diretoria Colegiada do SINTUFES Sindicato dos Trabalhadores na Universidade Federal do Espírito Santo, em reunião ordinária na segunda feira, dia 23 de maio de 2016, vem a público manifestar o seu apoio aos diretores da Associação dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Asunirio). E divulga, solidariamente, a solicitação para atenuar o corte de salário que dois diretores da Associação estão sofrendo. Confira abaixo e colabore! Vale lembrar que o Sintufes já divulgou outra moção à categoria da Asunirio.

Nós da ASUNIRIO estamos sofrendo severos ataques por parte da reitoria da UNIRIO. Foram abertos 3 PADs por abandono de emprego ou inassiduidade habitual contra 3 diretores do sindicato, em rito sumário. Os PADs já estão acontecendo. São dois coordenadores gerais (Bruno e Rafael) e um coordenador de política sindical e comunicação (Marcelão).Para piorar a situação, os compas Bruno e Rafael estão com corte de salário para o mês que vem.

Tal situação tem causado um mal estar terrível na militância da ASUNIRIO e, principalmente, na vida pessoal e familiar dos companheiros. Apesar de toda pressão psicológica, eles têm resistido bravamente.

Dito isto, buscamos apoio político e jurídico com intervenções junto à reitoria. E nesse momento é fundamental, um apoio de cotização financeira, para que possamos garantir a subsistência dos companheiros e suas famílias. A ASUNIRIO não tem condições de arcar com a despesa, tendo em vista que o ataque feito com o corte das consignações no ano passado desequilibraram nossas finanças.

Acreditamos que com apoio da FASUBRA e demais entidades consigamos garantir que os compas tenham seus rendimentos garantidos no dia 1º de junho. Para tal, deixamos aqui abaixo a conta da ASUNIRIO para depósito e pedimos para que sejam feitos depósitos identificados para que possamos agradecer e saber quem foi, caso o valor ultrapasse e tenhamos que devolver. Nesse primeiro momento, R$ 6.500,00 garantem o mês para os dois. Nos comprometemos, se o valor que chegar de apoio ultrapassar os R$6.500,00, a criar um fundo em separado para garantir o próximo mês, e caso não seja mais necessário, devolveremos aos que depositaram o valor a mais.

Contamos com a solidariedade de todos!

Banco do Brasil

AG: 0093-0

C/C: 20651-2

Esperamos mais rápido possível ajuda e retorno dos companheiros e companheiras. Abaixo segue nossa carta denúncia, que traz um relato maior da situação.

Companheiras e Companheiros.

Após uma dura resistência contra a cessão do hospital universitário Gafrée e Guinle para a EBSERH em ad referendum, a reitoria da UNIRIO assumiu uma política de criminalização dos movimentos dos estudantes e dos técnicos administrativos. Contra os estudantes, ameaçou abrir PADs para algumas lideranças do DCE e permitiu a demolição da Casa da Bruxa, espaço conquistado pelos estudantes nas últimas greves do setor. Contra os técnicos administrativos, abriu três PADs de rito sumário visando demitir dois coordenadores gerais e um dos coordenadores de políticas sindicais e comunicação.

Os Processos Administrativos se motivam pela caluniosa denúncia de abandono de cargo ou inassiduidade habitual. Os três dirigentes classistas encontram-se plenamente em atividade, exercendo as atividades sindicais, de conselheiros e membros de comissões, através da regulamentação proposta pela PROGEPE em maio de 2015 para exercício de mandato classista, que vinha regimentar memorando pregresso do reitor, que entendia o exercício das atividades inerentes ao cargo de dirigente sindical como atividades necessárias ao andamento da universidade.  O documento da reitoria foi lido em assembleia do CNG-FASUBRA em Brasília na greve de 2015 e ovacionado pelo imenso avanço que significava para a organização sindical.

Em janeiro de 2016, entretanto, após intensa resistência dos três segmentos, o reitor retrocedeu em sua decisão e permitiu a abertura dos três processos administrativos com rito sumário. A demissão dos três diretores representará um grande retrocesso para organização do sindicato dos trabalhadores em educação da UNIRIO; e ameaçará toda a luta na FASUBRA, nos SPFs e dos trabalhadores brasileiros.

Ressaltamos que os três dirigentes são muito combativos e estiveram presentes nas plenárias da FASUBRA, CONFASUBRA e CNG-FASUBRA com grande atuação desde que foram eleitos para exercer o mandato classista. Construíram com empenho a greve de 2015. São os companheiros Bruno Cruz (coordenador geral), Marcelo Silva (coordenador de políticas sindicais e comunicação) e Rafael Mello (coordenador geral). Vale ressaltar que os três são militantes do PSOL, onde também atuam através de sua militância e ajudam a construir o partido.

Para cada um foram abertos processos administrativos- disciplinares, com a acusação de indícios de abandono de emprego ou inassiduidade habitual. Com o agravante do companheiro Marcelo, afrodescendente, ter sido humilhado em público por sua chefia imediata com gritos além de ser comparado a empregada doméstica da mãe da docente que o coordenava. A docente tentou convencê-lo de que ambos têm os mesmos deveres e deve agir de modo análogo de obediência a primeira em relação a sua genitora e o servidor, a ela. Desde então a chefia pediu a remoção de Marcelo e o impediu de comparecer ao setor enquanto a remoção não fosse consolidada, retirando dele o acesso ao ponto. Já o companheiro Rafael ficará sem salário a partir do mês que vem e teve seu ponto confiscado desde março do ano passado, quando pediram uma segunda via para não assinar o ponto preenchido pelo servidor. O companheiro Bruno também está sem salário a partir do mês que vem e não tem acesso a sua folha de ponto. Vale deixar claro que os companheiros nunca tiveram a intenção de se ausentar do setor, tais medidas foram necessárias devido as suas atuações dentro da universidade, bem como se tentou o caminho da negociação com a chefias imediatas para adequação do horário no setor e para o cumprimento das demais atividades (mandato classista, comissões, conselhos e reuniões da categoria), o que não foi compreendido e aceito pelas chefias, gerando todo o conflito atual. Outra questão é que os companheiros estavam em estágio probatório ano passado. Dos 3, 2 já completaram 3 anos (Rafael e Marcelo). Sendo que as avaliações ainda não foram feitas.

Isso é para dar um pouco do panorama de perseguição que esses companheiros estão sofrendo e devido a sua vanguarda e linha de frente nos movimentos de luta da ASUNIRIO, da UNIRIO e do Rio de Janeiro, que os poderes instituídos não aceitam serem contestados. O drama que isso causa na vida pessoal dos três é inenarrável (um companheiro tem uma filha de apenas 1 ano e um filho de 7 anos; outro está com a esposa adoentada e piorando devido a essa angústia; e a mãe do outro vem passando mal constantemente, desde que soube do fato), mas os companheiros estão resistindo bravamente.

Esse é um ataque não só aos três, mas à ASUNIRIO, à Fasubra, à categoria dos Técnico-Administrativos, a todo movimento sindical e de luta, e aos trabalhadores, de um modo geral. Por isso, vimos solicitar um apoio da Fasubra e seus sindicatos filiados, do PSOL (principalmente seus parlamentares, mas também sua militância), pois ambos são bases atuação dos companheiros, porém solicitamos apoio dos demais partidos, organizações e sindicatos (PSTU, PCB, ANDES, CSP-Conlutas, CUT, CTB, SINASEFE, FENASPS, etc.) para intervenção política e jurídica (junto ao MEC, Reitoria da UNIRIO e advogados) nesses casos, e também apoio financeiro para inimizar o drama pessoal que os companheiros estão passando sem ter remuneração para honrar seus compromissos e sobreviver. Os apoios são fundamentais, posto que a luta é bem desproporcional. Os gestores têm armas fortíssimas nas mãos para atacar e acabar com a vida funcional dos companheiros e os silenciando da luta interna que é feita na UNIRIO. Sem falar que não podemos deixar precedentes como esses serem abertos, pois pode virar efeito cascata de criminalização da luta e dos que lutam, atingindo a todos os sindicalistas, de todas as correntes e partidos, bem como qualquer um que lute por direitos.

Esperamos mais rápido possível ajuda e retorno dos companheiros e companheiras.

Abraços, saudações sindicais e socialistas,

Coordenação Geral

Associação dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – ASUNIRIO

Av. Pasteur 296, térreo, Urca CEP: 22290-250 RJ.

CNPJ – 29.260.486/0001-89

Telefax: 2541-0924

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