Os indícios do crime levam a crer que a motivação tenha sido política. No dia 28 de fevereiro, Marielle assumiu a relatoria da comissão da Câmara dos Vereadores que fiscaliza a atuação da intervenção federal nas favelas do Rio
Na noite da quarta-feira, 14, Marielle Franco, vereadora (Psol-RJ) e militante dos direitos humanos, foi brutalmente assassinada na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, região central do Rio de Janeiro (RJ). Ela saía de uma atividade chamada “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Lapa, também na região central da cidade. Um carro emparelhou ao veículo em que ela se encontrava, e o criminoso efetuou os disparos contra a vereadora, que estava sentada no banco de trás do automóvel. O motorista, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. A principal linha de investigação da Polícia Civil é execução.
Os indícios do crime levam a crer que a motivação tenha sido política. No dia 28 de fevereiro, Marielle assumiu a relatoria da comissão da Câmara dos Vereadores que fiscaliza a atuação da intervenção federal nas favelas do Rio. No dia 10 de março, ela denunciou casos de abuso de violência policial no bairro de Acari, na capital fluminense. Após a sua morte, o deputado federal pelo Psol-RJ Chico Alencar disse: “Ela incomodava pequenas e grandes máfias”.
Para o Sintufes, a execução da vereadora é um ataque a todos ativistas em favor das mulheres, da comunidade LGBT, dos movimentos sociais, da população pobre, dos negros no Brasil, que é o País das Américas onde mais se matam militantes de direitos humanos, de acordo com relatório da Anistia Internacional.
Marielle foi morta no Mês das Mulheres, dois dias após o assassinato de um dos líderes comunitários da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama), Paulo Sérgio Almeida Nascimento, morto a tiros na madrugada da segunda-feira (12). A associação Cainquirama denunciava os problemas ambientais que atingem aquela região, causados por vazamentos de rejeitos minerais de uma das instalações da Hydro Alunorte, em Barcarena, no Pará, no final do mês passado.
O Sintufes se solidariza a amigos, familiares e a toda militância do Psol e a todos militantes dos direitos humanos diante da perda irreparável desta mulher guerreira. E também de todos que lutam na defesa dos direitos humanos.
A voz de Marielle não vai se calar! A sua luta vai continuar!
Marielle, presente! Anderson, presente! Paulo Sérgio, presente!
#TodasporMarielle #Nãovãonoscalar