Jornada: trabalhadores lutam para provar o óbvio

Jornada: trabalhadores lutam para provar o óbvio

Funcionamento contínuo em três turnos é a melhor opção para Ufes

A jornada ininterrupta de três turnos é a solução para que a Ufes fique mais tempo de portas abertas à comunidade universitária e à população em geral.

Ela já foi aprovada pelo IX Congresso dos Trabalhadores na Ufes (Contufes), em 2012. Falta agora a regulamentação por parte do Conselho Universitário (Consuni).

O Consuni votaria três propostas de jornada na reunião de 29 de agosto. Porém, os representantes dos técnico-administrativos em educação (TAEs) pediram vistas, e o processo está parado.

Antônio (Cruz, também representantes dos TAEs no Consuni) e eu pedimos vista. Queremos ganhar tempo para ter o posicionamento da Adufes e de outros entes da comunidade universitária, que têm todo interesse na questão da jornada de trabalho, pois ela está diretamente ligada ao funcionamento de todos os campi, revelou o coordenador do Sintufes e representante dos TAEs no Consuni, Wellington Pereira.

Segundo ele, as estratégias da categoria visam comprovar o óbvio: que a jornada ininterrupta de três turnos em toda a Ufes é a melhor opção.

Vamos pedir que o Consuni crie uma comissão para avaliar onde é possível aplicar a jornada ininterrupta. Mas nossa defesa é de que a jornada ininterrupta de três turnos seja aplicada em todos os setores, mesmo que não atendam ao público. Até para não gerar problemas entre trabalhadores que têm a mesma função e ficariam com cargas horárias diferentes, frisou Pereira.Respaldo legal: A proposta de jornada ininterrupta de três turnos encontra respaldo legal no artigo 3º do Decreto 1.590/1995 e também no Decreto 4.836/2003, que prevê que os dirigentes máximos dos órgãos autorizem a fiscalização da jornada dos trabalhadores.

Biblioteca

A reunião do Consuni ocorreu na semana de jornada de lutas da categoria, entre 26 e 31 de agosto. Nesse período, o Sintufes também se reuniu com trabalhadores da Biblioteca Central.

Eles solicitaram um posicionamento da Reitoria por conta de uma provável tentativa de desqualificar a luta da categoria em torno da jornada ininterrupta. Isso porque, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a redução imediata do salário dos trabalhadores da Biblioteca Central da Ufes que não atuam no regime de 40 horas semanais.

Porém, a liminar do MPF foi divulgada pela imprensa mesmo depois da Justiça Federal já ter negado o pedido.

Foi muito estranha essa notícia ter sido divulgada mesmo depois da liminar perder o efeito. Os trabalhadores ficaram preocupados e se sentiram desamparados pela administração da Ufes. E só depois da nossa pressão, o reitor apareceu e disse que a universidade defenderia a atual jornada de trabalho da BC na Justiça, ressaltou o coordenador-geral do Sintufes, José Magesk.

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