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Greve faz mais dois atos inéditos na Ufes: catracas liberadas no RU e vaca na Reitoria

Filó fez sucesso nas horas em que esteve na universidade, como forma de crítica contra a retirada de direitos trabalhistas pela presidente Dilma. E a greve segue forte!

A greve dos trabalhadores técnico-administrativos em Educação já passa dos 110 dias. E neste mês de setembro, o Comando de Greve do Sintufes promoveu três fatos inéditos na história da Universidade Federal do Espírito Santo. O primeiro foi o debate com os candidatos a reitores. Depois veio o RU com catracas abertas, no dia 16. E, nesta sexta-feira, 18, foi a vez da VACA NA REITORIA, que gerou muita repercussão nas redes sociais e teve grande cobertura da imprensa capixaba!

Assembleia define: greve continua forte

A vaca tossiu. E a tosse segue prejudicando o trabalhador!

Chamada por Filó, o bovino foi trazido para a Reitoria da Ufes como forma de crítica do movimento à política do governo federal.

Dilma disse em 2014 que nem se a vaca tossisse, ela cortaria direitos trabalhistas, mas ela mentiu. Pois desde que assumiu a presidência ela tem cortado direitos dos trabalhadores, cortado verbas da educação e não abre negociação efetiva e nem sequer apresenta uma proposta de reajuste salarial que recomponha as perdas da inflação. Ou seja, ela mentiu, e a vaca não parou de tossir desde então, expõe o coordenador do Sintufes, Wellington Pereira.

Como a vaca estava nas proximidades da Reitoria, o Comando realizou a assembleia geral unificada no hall de entrada do prédio da administração central da universidade.

E diante da política do governo Dilma, que vem fazendo a vaca tossir bastante, a assembleia geral unificada da categoria aprovou a continuidade da greve, já que as últimas respostas do MEC e do MPOG nada trouxeram de novidades.

As respostas não trouxeram nada de novidade. E, embora a resposta do MPOG tenha falado em reajuste somente em agosto, o Planalto pode recuar disso, e a primeira parcela poderia sair em abril. O governo também deve diminuir a incidência da CPMF para dois anos, em vez de quatro, por pressão do setor industrial. Mas o fato é que mesmo com o recuo, a proposta de 10,8, divididos em dois anos não agrada a categoria, e a greve segue forte, destaca o coordenador do sindicato, José Magesk.

Após a assembleia, o Comando de Greve ofereceu um churrasco que defumou o centro do poder da universidade.

Assediada e bem tratada. Simpática e calma, Filó foi o centro das atenções nesta sexta-feira, 18, no entorno da Reitoria. A comunidade universitária fez selfies, carinhos, dava risadas, gerando muito burburinho em torno do animal, que dormiu à sombra da palmeira e foi bem alimentada com ração e água, colocadas pelo Comando de Greve.

Filó se alimenta

Filó é de um colega dos trabalhadores e voltou para sua casa, em Cariacica, após sua ida ao prédio da administração central da Ufes.

Imprensa dá grande destaque a mais uma ação inédita do Comando de Greve do Sintufes

Catracas liberadas, e gestão deixa CCS sem comida Na quarta-feira, 16, outro fato inédito marcou a Ufes. O Comando Geral de Greve liberou as catracas do restaurante universitário de Goiabeiras, e todos almoçaram de graça. O que deveria ser uma prática, em se tratando de uma universidade pública.

Além disso, cabe lembrar que o Sintufes reivindica ainda que o RU abra nos fins de semana, feriados e nas férias, pois os estudantes sentem fome nessas datas também. Mas a administração da Ufes não pensa assim.

Em universidade pública, a comida tinha de ser de graça!

Porém, a gestão da Ufes não enviou a alimentação para o campus de Maruípe, querendo jogar esse ônus, sobretudo à imprensa, para o ato de liberação das catracas, promovido pelo Comando de Greve.