Orientação importante: ASSINE O LIVRO DA GREVE – de Goiabeiras, na sede do Sintufes; de Maruípe, na subsede do sindicato. Veja ao final da matéria a agenda da greve!
O primeiro dia da greve dos trabalhadores técnico-administrativos em Educação na Ufes foi de intensa movimentação nesta quarta-feira, 13, nos campi da capital, em Goiabeiras e em Maruípe. O dia começou com a instalação e a reunião do Comando de Greve de Goiabeiras pela manhã na sede do Sintufes.
Após isso, quem compareceu o comando foi até a Reitoria. Lá, trabalhadores e aposentados em greve e na luta foram recebidos pelo reitor da Ufes, Paulo Vargas, pelo vice-reitor, Roney Pignaton, pela pró-reitora da Progep, Josiana Binda; o chefe de gabinete do reitor, Aureo Banho dos Santos, e duas assessoras da próxima gestão (Eustáquio de Castro e Sonia Lopes , que em breve assumirão os cargos de reitor e vice-reitora da Ufes).
O reitor lembrou que o Conselho Universitário aprovou moção em apoio à recomposição salarial e à reestruturação da carreira dos trabalhadores técnico-administrativos em educação das instituições federais de ensino e considerou justas as razões do movimento.
“Considero muito justo e importante, porque de fato já tem um déficit em termos salariais acumulado de longa data dos servidores técnicos na rede das universidades federais. E também um dos pontos da pauta que vocês trazem, considero fundamental, que é a recomposição da equipes de trabalho nas instituições. A gente tem passado dificuldades consideráveis com a extinção de cargos e depois vedação de contratações de outras categorias e especialidades técnicas”, frisou.
O reitor falou em respeitar o direito da greve e pediu para que o movimento respeite o mínimo em termos das “necessidades de funcionamento” da universidade.
Na luta. O integrante do Comando de Greve Wellington Pereira informou que o movimento paredista está se organizando e sobre a importância de se comunicar sobre a greve à administração central, bem como as chefias dos setores dos campi. Ele assinalou que o Sintufes oficiou a Reitoria, no sábado, 9 de março, sobre a decisão da plenária da Fasubra, que deliberou pela deflagração da greve a partir de 11 de março. E que no documento o sindicato informava à Reitoria que a assembleia de deflagração da base do Sintufes seria realizada no dia 12.
O ofício solicitava que a Reitoria encaminhasse o informe às pró-reitorias, aos departamentos, aos campi avançados e à Ebserh. O reitor informou que isso foi feito.
Pereira citou ainda o ofício que já havia sido entregue, no dia 22 de fevereiro em ato na Reitoria, que solicitava apoio das Reitorias e da Andifes à reestruturação da carreira dos TAE. Após o documento, o Conselho Universitário aprovou a moção de apoio em 29 de fevereiro.
O integrante do Comando de Greve Daniel Pompermayer pontuou que a greve só teve início porque foram esgotadas as possibilidades de negociação com o governo federal, não por interesse do movimento sindical. Ele assinalou que a luta não é corporativista, não é apenas para a categoria, mas sim em defesa da universidade e da educação públicas.
Pompermayer criticou as instruções normativas (INs) que colocam a administração central para fazer frente à greve, já que as INs (49/2023 e 54/2021) abrem flanco para que a instituição possa penalizar quem está lutando pela própria universidade e pela própria educação pública.
O integrante do Comando de Greve José Magesk sugeriu a criação de um ‘comitê de crise’, grupo para discutir sobre a prestação dos serviços essenciais.
O reitor concordou com a proposta e apontou para que a comissão seja criada com representantes da gestão da Ufes e do sindicato.
Vice-reitor aponta importância em reivindicação da greve
O vice-reitor, Roney Pignaton, observou como importante o fato de a reivindicação do movimento ir além das questões salariais e da carreira, abarcando a luta em defesa da educação pública e da universidade. (Mas vale reforçar que a luta por melhores salários e para reestruturar a carreira, que essa luta por si só já é valorizar a educação pública! Afinal das contas, quem valoriza o trabalhador, valoriza o serviço prestado por ele.)
Pignaton citou que a realidade financeira da instituição é muito crítica, que a extinção de cargos também prejudica, e que ele não vê, junto ao MEC, um projeto que permita às universidades aumentarem suas ofertas, estruturarem seus espaços para oferecer o serviço com a melhor capacidade que a instituição tem a oferecer. Para ele, cobrar para além da reestruturação salarial, da carreira, um projeto para as instituições públicas é fundamental.
Carreira em xeque. A titular da Progep, pró-reitora Josiana Binda, salientou que a carreira passa por uma situação muito delicada em relação à quantidade de cargos extintos e que não se pode mais contratar via concurso público trabalhadores para essas funções. Josiana reforçou a importância da luta em favor da reestruturação do PCCTAE, que tem apoio do Forgep e da Andifes, segundo ela.
Construção que segue
Após a reunião com o reitor, trabalhadores do CCS/Hucam foram para o campus de Maruípe e instalaram o Comando Local de Greve de Maruípe. Os companheiros que participaram levaram muitas questões, dúvidas, e o diálogo foi bem produtivo.
Em Goiabeiras, a discussão do Comando seguiu para fechar a agenda da primeira semana da greve, definir instalação da tenda no campus, programar viagens aos campi avançados, materiais de comunicação/divulgação do movimento entre outras questões visando a construção da greve!
#SintufesNaMídia
Nesta quarta-feira, 13, a greve do Sintufes foi destaque no site de A Gazeta. Clique aqui e confira.
No dia da assembleia que deflagrou a greve (12 de março), o Jornal Século Diário adiantou que o movimento paredista teria início na quarta, 13. Veja aqui.
AGENDA DA GREVE
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