Governo não assina termo de acordo, e greve continua na Ufes

Nova assembleia geral será realizada na segunda-feira, 05, para deliberar sobre a homologação do documento elaborado nas negociações entre a Fasubra e o governo

A greve dos técnico-administrativos em Educação na Ufes continua por conta do governo federal. Além de ter feito uma proposta rebaixada, que não atende por completo as reivindicações da categoria, o governo ainda não assinou e tampouco publicou nas instâncias cabíveis o termo de acordo feito nas negociações dos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e da Educação (MEC) com a Fasubra.

Diante disso, a assembleia geral unificada da categoria, realizada nesta sexta-feira, 02, na Tenda da Greve, em Goiabeiras (foto), Vitória, decidiu manter o movimento a fim de aguardar a finalização do termo de acordo, publicado e assinado pelo governo. E também aprovou a realização de uma nova assembleia geral na próxima segunda-feira, 05, às 10 horas, na subseção sindical do Hucam, campus de Maruípe, também na capital.

A pauta será:Informes: Local e Nacional;Homologação do Termo de Acordo de Greve 2015;O que ocorrer.

A previsão é de que o texto do termo de acordo seja finalizado e assinado pelo governo até esta segunda. A orientação da Fasubra é de que os sindicatos de base realizem assembleias para homologar (ou não) o termo nos dias 05 e 06. E que haja uma saída unificada da greve na próxima quarta-feira, 07. Isso se o governo assinar e publicar o termo.

Vale ressaltar que a assembleia será na segunda, pois na terça-feira, 06, haverá o segundo turno da pesquisa para reitor.

Documentos. Clique aqui e veja o termo de acordo e os seus respectivos anexos. 

Não homologar!Caso o governo assine e publique o termo de acordo com a Fasubra, a previsão é de que a assembleia geral unificada não deve aprovar o documento.

Consideramos que a proposta do governo é rebaixada, pois não traz solução para nossa jornada, o reajuste salarial não é o ideal, o reposicionamento dos aposentados não foi contemplado, por isso podemos não aprovar o termo, informa o representante do Comando de Greve do Sintufes, José Magesk.

Apesar disso, a greve deve acabar, caso o governo se comprometa a assinar e publicar o termo.

A Fasubra já tem a decisão das assembleias da base, e a maioria votou em favor do termo. Nós fomos contrários. Mas, vamos sair juntos da greve, respeitando a decisão da maioria da base da nossa Federação, revela Magesk.

Corte de pontoA Fasubra encaminhou ao governo que essa questão tenha uma redação distinta das demais categorias, que fecharam acordo, recentemente. Isso porque, há a decisão do ministro Napoleão Nunes, do Superior Tribunal de Justiça, contrária ao corte de ponto de grevistas em função do governo não ter avançado com os pontos reivindicados.

Essa decisão é da greve de 2014. Mas no início da greve deste ano, o ministro deu novo despacho nesse sentido.

A proposta encaminhada pela Federação acerca dessa questão é a seguinte:

Cláusula décima oitava – A FASUBRA-Sindical compromete-se a orientar e acompanhar o cumprimento de reposição das atividades e tarefas represadas por motivo de greve ou paralisações de serviços, com vistas ao restabelecimento da normalidade no interior das instituições federais de ensino.

Cláusula décima nona – O Governo Federal emitirá ofício às IFE, após o término do movimento grevista, reiterando sua posição contrária a todo e qualquer tipo de perseguição e/ou punição aos trabalhadores.

Cláusula vigésima – O Governo Federal se compromete a não descontar os dias parados dos trabalhadores, em função da adesão ao movimento paredista.

Fundo de greve A mesa da assembleia fez apresentação do demonstrativo de receitas e despesas referentes ao fundo de greve de 2015.

O saldo do balanço é positivo: R$ 13.516,56. Confira aqui o documento apresentado à assembleia.

A mesa ainda informou que o filiado que quiser conferir o detalhamento completo das contas do fundo de greve, deve procurar o setor Financeiro do Sintufes, em Goiabeiras.