Homologação, no entanto, pode ocorrer na próxima sessão do Consuni, prevista para 29 de novembro. Sintufes já traça estratégias de ações para fazer o enfrentamento deste ataque a um direito dos técnicos. Categoria deve ser convocada para ato político. Fique ligada/o!
O reitor da Ufes tentou homologar a resolução do Conselho Universitário (Consuni), que suspende a flexibilização da jornada de trabalho na universidade. A tentativa aconteceu na reunião extraordinária realizada no dia 20 de novembro de 2018, na Reitoria, em Goiabeiras, Vitória. A normativa que suspende a flexibilização foi aprovada por ele, monocraticamente, via ad referendum no início deste ano, em 31 de janeiro. O Consuni, no entanto, não homologou o ad referendum, porque os representantes da categoria no Conselho pediram vista do processo. Agora, o sindicato traça estratégias para fazer o enfrentamento deste grave ataque da gestão da Ufes à flexibilização da jornada. E a categoria pode ser convocada para alguma ação política. Fiquem atentas/os!
É importante destacar como o reitor tentou aprovar o ad referendum. Ele convocou uma reunião extraordinária do Consuni para decidir sobre uma questão específica do Hospital Universitário (Hucam): o deferimento ou não da chapa do candidato Falqueto à consulta eleitoral para a Superintêndencia do hospital.
Aí já se envidencia uma espécie de manobra ou uma ação nebulosa do reitor para tentar aprovar o ad referendum. É que ele incluiu o ad referendum na pauta da sessão extraordinária sem haver urgência desta questão. Aliás, como o Sintufes revelou em abril (confira os links ao final desta matéria), o reitor deveria ter homologado o ad referendum na sessão seguinte àquela realizada no dia 31 de janeiro, pois isso é o que orienta o regimento do Conselho Universitário.
Sem falar que o reitor acrescentou a aprovação do ‘ad referendum’ na pauta da sessão extraordinária, de 20 de novembro, sem comunicar os demais integrantes do Conselho, com antecedência mínima de 48 horas. A inclusão do ponto de pauta foi feita com menos de 24 horas para a reunião. Por que esse frisson todo em aprovar o ad referendum, se ele não o fez quando deveria ter feito, de acordo com o que estabelece o regimento do colegiado?
Problemas e irregularidades da decisão autoritária do ‘rei’
O reitor da Ufes tem mostrado a sua faceta autoritária e antidemocrática contra a categoria dos trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs). Após aprovar a suspensão da flexibilização da jornada, na sessão via ‘ad referendum’, em janeiro, o reitor ignorou todos os apontamentos e questionamentos do Sindicato dos Trabalhadores na Ufes (Sintufes) e da categoria dos TAEs. Essas questões foram levadas ao reitor por meio de intervenções de representantes dos técnicos no Consuni, bem como por meio de atividades convocadas pelo Sintufes e de notícias divulgadas no site do sindicato revelando o total desacordo da decisão do reitor com as normativas da instituição e do próprio Conselho Universitário. (Links das ações do sindicato publicados ao final desta matéria).
A decisão descabida e autoritária do ‘rei’ não prejudicou apenas os técnicos. O Hucam reduziu o atendimento à população. Logo após a aprovação do ad referendum, ambulatórios do Hospital Universitário tiveram seu atendimento reduzido em função da suspensão da jornada flexibilizada. O ponto eletrônico para trabalhadores do Hospital também gerou diversos problemas, criados pela ingerência e falta de diálogo da gestão da Ufes. O Sintufes sempre levou essass situações ao reitor, que sempre ignorou solenemente.
Sem transparência, sem diálogo, sem respeitar as normas da universidade, o senhor Reinaldo Centoducatte ataca direitos conquistados pelo categoria que jamais trouxeram prejuízos ao atendimento à comunidade universitária e à população que demanda os serviços do Hucam.