Técnicos-administrativos elegem representantes dos trabalhadores para a Comissão Especial que vai propor a atualização estatutária e regimental da Ufes, mas Conselho mantém nomes indicados por docentes, sendo um deles membro da governança da EB$ERH
A luta dos técnico-administrativos em Educação (TAE’s) em favor da categoria sofreu um golpe por parte do colegiado máximo da entidade, que decidiu por não acatar uma decisão democrática dos trabalhadores. E manteve dois nomes de TAE’s indicados por docentes, na Comissão Especial que vai discutir e propor a atualização do Estatuto e do Regimento Geral da Ufes. Nomes que não representam os trabalhadores técnico-administrativos em Educação, sendo que um dos nomes integra a cúpula da Empresa Brasileira de $erviços Hospitalares (EB$ERH).
Em reunião extraordinária no mês de agosto, o Conselho Universitário da Ufes (Consuni) rejeitou, por maioria, a solicitação da categoria dos TAES visando a alteração dos nomes dos técnicos membros da Comissão Especial.
A categoria elegeu o técnico Felipe Firmino, o Skiter, de Goiabeiras, e a técnica Aline Barreto, do Hucam, para que eles representassem os TAEs na Comissão. A eleição foi realizada pela assembleia geral, no dia 24 de abril de 2014, no campus de Goiabeiras, em Vitória, em meio à greve nacional da base da Fasubra. A decisão do Consuni ratifica o posicionamento autoritário da administração da Ufes perante os técnicos.
Os técnicos que estão na Comissão não nos representam. Um deles está na governança da EBSERH, inclusive. Mas o Conselho rejeitou uma proposta democrática, aprovada por mais de 130 trabalhadores, durante a assembleia, quando propusemos nomes que iriam defender nossos interesses na discussão para atualização do Estatuto e do Regimento. O Filipe e a Aline são nomes que nos representariam. E não foram indicados por docentes, afirma o representante dos técnicos no Consuni e diretor do Sintufes, Wellington Pereira.
Ele ainda frisou que o Sintufes ficará de olho nos trabalhos da Comissão, cobrando a Estatuinte defendida pela categoria.
“Nossa luta é por uma Estatuinte amplamente democrática, que seja melhor para técnicos, professores, estudantes e para todos os campi. Não teremos os representantes eleitos pela categoria na Comissão Especial, mas vamos continuar fazendo nossa pressão política e acompanharemos de perto os trabalhos da Comissão”, destaca Pereira.
