Trabalhadores técnico-administrativos na Ufes, atendendo à convocação do Sintufes, cobraram o cumprimento do acordo de greve por parte do governo federal, em ato nesta terça-feira, 11 de março, na Reitoria, em Goiabeiras, Vitória. A atividade integrou a agenda do Dia Nacional de Paralisação, convocada pela Fasubra.
O sindicato entregou uma carta ao reitor Eustáquio de Castro. A carta explicava os motivos da paralisação nacional, salientando que as conquistas da greve: reestruturação da carreira do PCCTAE, reajuste salarial de 9% e aumento de 0,1 no step a partir de 1° de janeiro de 2025 (entre outros pontos) ainda não foram efetivados por parte do governo.
“Embora o governo tenha publicado a Medida Provisória n° 1286 no último dia de 2024, até o momento, os efeitos financeiros da medida ainda não foram pagos. Ou seja, sem recursos, o reajuste e as melhorias na carreira ainda não foram sentidas pelos TAEs”, pontua a carta do Sintufes.
O texto também faz reivindicações ao próprio reitor. “Aproveitamos a oportunidade para cobrar desta Reitoria os pontos do acordo de greve local, também assinado em 2024, que ainda não foram atendidos pela administração central, dentre eles, o plano para resolução de conflitos no HUCAM; a recomposição e reinstalação da Comissão que trata da temática assédios e discriminação na Ufes; e a realização de um diagnóstico de Clima e Cultura, para identificar os conflitos localizados na Ufes”.
A carta foi entregue ao reitor ao final do ato realizado na Reitoria. Confira a íntegra do documento aqui.
O ato
Por volta das 8h, trabalhadores foram chegando ao saguão de entrada da Reitoria e se reunindo para tomar café da manhã. O reitor passou pelo local, e o coordenador geral do Sintufes Wellington Pereira, informou a ele sobre a atividade, pontuando a reivindicação do protesto.
Alguns trabalhadores passaram pelo local e se informaram sobre as novidades em torno da efetivação do acordo de greve.
Houve quem entendesse que é preciso fazer pressão também para que o Congresso aprove a LOA, a Lei Orçamentária Anual de 2025.
No entanto, ainda que deputados e senadores tenham sua parcela de culpa pela não aprovação da LOA, ela não aconteceu em razão da correlação de forças do Legislativo e do Executivo.
Vale salientar que o governo fez lobby junto ao Congresso para aprovar o ajuste fiscal, e o Parlamento se preocupou em garantir a liberação de emendas para seus pares. Ou seja, faltou vontade política, faltou priorizar os trabalhadores, porque dinheiro tem! Tanto que o reajuste e os efeitos da reestruturação da carreira estão garantidos, retroativos a 1º de janeiro.
No mais, o acordo de greve foi assinado entre a categoria (representada pela Fasubra) e o governo federal (MGI, Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos). A cobrança pelo cumprimento, portanto, é junto ao governo!
Dúvidas
Os coordenadores do Sintufes, Filipe Skiter e Ivan da Silva, tiraram dúvidas sobre o RSC, 30 horas (do acordo de greve; e não a da resolução da Ufes sobre jornada flexibilizada), entre outros pontos.
As coordenadoras Suely Dias, Alvaléria Cuel e Cida Alves e os coordenadores Luiz Antônio e Milton Rangel também fortaleceram a atividade junto de trabalhadores da base.