Sintufes adianta campanha salarial, que será pauta do Congresso da Fasubra, em maio. Assembleia, em 19 de abril, define a delegação da Ufes ao encontro da Federação
Nesta quinta-feira, 19 de abril de 2018, às 9 horas, no Hucam, no campus de Maruípe, em Vítória, o Sintufes realiza assembleia geral para tirada de delegados ao XXIII Congresso da Fasubra, o Confasubra. Ele será realizado entre os dias 6 e 11 de maio, em Poços de Caldas, Minas Gerais.
Para fortalecer a mobilização em torno do Confasubra, o Sintufes lançou uma campanha salarial (confira as artes nesta matéria), que tem como foco a questão salarial. Mas o Congresso vai além disso. Ele será essencial para organização da categoria dos técnico-administrativos para o enfrentamento dos ataques que estão na ordem da dia por parte do governo.
“A PEC do Fim do Mundo (atual Emenda Constitucional 95/2016) já arrochou os recursos para a capacitação e não existe previsão nenhuma de reajuste salarial. A carreira precisa ser defendida com unhas e dentes, pois o governo quer acabar com o PCCTAE. Embora seja ano eleitoral, e as atenções políticas já estão voltadas para as urnas, precisamos nos organizar em defesa de nossos direitos, pois seremos atacados por todos os lados”, analisa a diretoria colegiada do Sintufes, que lembra o golpe em curso no País.
“A intervenção federal no Rio, a seletividade da Justiça na prisão do Lula são capítulos do golpe jurídico-político no Brasil, iniciado com a tramitação do processo do impeachment de Dilma, no Congresso, em dezembro de 2015. As reformas fazem parte disso. E atacar os serviços públicos e nós trabalhadores também integra o ‘pacotão’ golpista. Precisamos nos organizar”, reforça a direção.
SEM LUTA, FICAREMOS SEM NADA!
Você lembra qual foi o último reajuste salarial que caiu na sua conta? Foi por conta da greve de 2015. Você sabe quando virá o próximo? Não existe previsão, sobretudo diante de um presidente golpista e que usa de instrumentos como a Emenda Constitucional 95/2016 (PEC do Fim do Mundo) para congelar os investimentos públicos por até 20 anos.
Portanto, a categoria ficará sem nada, se não fizer uma luta organizada. É preciso se organizar para lutar em defesa da campanha salarial com índice de reajuste de 25,63%, apurado pelo Dieese, que contemplaria as perdas acumuladas ao longo dos anos.
O Sintufes iniciou uma campanha salarial, que pode ser conferida nesta matéria, com o tema: “Recomposição salarial é direito! Fortalecer a luta & combater o retrocesso”. A proposta visa convocar e sensibilizar a categoria a participar e fortalecer a assembleia de tirada de delegados ao XXIII Congresso da Fasubra (Confasubra), que será realizada no dia 19 de abril.
Ao chamar a atenção para a questão do reajuste salarial, a campanha do Sintufes antecipa um dos principais debates do XXIII Confasubra, previsto para maio, em Minas Gerais.
A Fasubra já trabalha uma campanha nacional, com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
A construção da pauta salarial conjunta já foi protocolada junto ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), com o índice, de quase 26%, analisado pelo Dieese. Paralelamente a essa iniciativa, a Fasubra conquistou uma agenda especifica com MPOG/MEC, fruto da greve de 2017 e de ação judicial pelo cumprimento do acordo de greve. Nela, a Federação discute temas importantes de interesse da categoria.
Além disso, a Fasubra aponta a necessidade de se intensificar a campanha em defesa da carreira, contra os ataques anunciados pelo governo, seja no projeto de reestruturação das carreiras (MP do Carreirão), seja no que vulgarmente está sendo chamando pelo governo de projeto “Estica”.
Assim sendo, o XXIII Confasubra será o momento ideal de organização da luta da categoria, de proposição de ações mais concretas em torno da pauta salarial e de propostas em defesa dos direitos dos TAEs, que podem até culminar com a deflagração de uma greve para este ano.
Principais reivindicações
EIXOS CENTRAIS
• Correção salarial com aplicação do índice de 25,63% (Dieese).
• Extensões do índice da Lei 13.464-2017 para todos os servidores federais.
• Cumprimento de todos os acordos assinados em 2015.
• Aplicação do valor de, no mínimo, 50% per capta da união para a manutenção de plano de saúde servidores.
EIXOS ESPECÍFICOS (BASE FASUBRA)
• Defesa do PCCTAE, não a reestruturação que tiram direitos, não ao projeto “Estica” que desmonta a nossa carreira.
• Piso salarial de 3 salários mínimos e Step 5%.
• Em defesa da jornada de trabalho de 30 horas.
• Concurso Público já! Não à terceirização!
• Insalubridade: Revogação da Orientação Normativa 04. Por um tratamento justo que valorize o profissional em ambiente insalubre.
• Em defesa dos HUs público, gratuito e de qualidade.
• Em defesa dos direitos e empregos de todos os trabalhadores dos HUs, sejam eles RJU, terceirizados e ebserianos.
• Paridade entre ativos e aposentados.
• Reposicionamento dos aposentados na carreira.