Fora Temer ecoa pelas ruas de Vitória, e manifestantes alertam o povo sobre os projetos do governo que vão prejudicar os serviços públicos e a classe trabalhadora
Convocadas/os pelo Sintufes, as trabalhadoras e os trabalhadores da Ufes confirmaram sua disposição e força para seguir o enfrentamento contra os ataques do governo golpista (Fora Temer!) aos serviços públicos e à classe trabalhadora. Foi o Dia de Paralisação Nacional, realizado em todo o País, nesta quinta-feira, 29. No Estado, a categoria se uniu a outras/os trabalhadoras/es e fizeram uma forte passeata do campus de Goiabeiras até a sede da Petrobras, na Reta da Penha, em Vitória.
No percurso, os manifestantes alertavam os populares em relação às medidas do governo e do Congresso Nacional contra os serviços públicos e as/os trabalhadoras/es.
Nosso protesto é em defesa dos direitos conquistados, dos serviços públicos, da saúde e da educação públicas. Então, vamos seguir em luta até conseguir barrar as propostas de reformas da Previdência e Trabalhista, além dos projetos de lei que visam congelar salários, reduzir investimentos públicos e até retirar disciplinas importantes da grade curricular do ensino médio e também amordaçar o pensamento crítico nas escolas. Vamos seguir nessa luta, pontua o coordenador-geral do Sintufes, Wellington Pereira.
Para ele, o sindicato mais uma vez mostrou seu protagonismo para a luta, levando cartazes e fantasias de vampiros (inspiradas na arte feita a partir da charge do presidente golpista) e da Frozen (Rainha do Gelo, representando o congelamento salarial) que chamaram atenção de todos durante a manifestação.
Além do Sintufes, participaram do ato a Frente Estadual em Defesa da Previdência, Serviços Públicos, dos Direitos Trabalhistas e Serviços Públicos, da Adufes, dos Ifes (Sinasefe-ES), dos servidores públicos do ES (Sindipúblicos-ES), entre outros.
AGENDA! Uma reunião, puxada pela Frente Estadual, da qual o sindicato faz parte, será realizada na terça-feira, 04 de outubro, às 09h, no auditório do INSS, na Avenida Beira-Mar, em Vitória. Nela serão definidos novos atos e atividades visando a continuação da luta contra as propostas e reformas do governo golpista.
Projetos e reformas
O Dia de Paralisação Nacional chamou atenção da população em relação às medidas do governo federal contra o serviço público e a classe trabalhadora brasileira ( como a Reforma Trabalhista e a terceirização das atividades fins), contra as/os aposentadas/os e as aposentadorias (Reforma da Previdência, que prevê aumentar o tempo de contribuição e igualar o das mulheres ao dos homens), contra a Saúde e a Educação públicas com a PEC 241/2016 (PEC do Teto) que, caso aprovada, vai congelará por 20 anos os recursos para essas áreas, incluindo os salários do funcionalismo público.
E também contra o atual PLP 54/2016 (antigo PLP 257), que adota uma política de ajuste fiscal e controle de gasto, de redução do papel do Estado e estímulo à privatização e, principalmente, de corte de direitos dos servidores públicos. E contra a MP 746/16 que reforma o ensino médio sem discussão com a sociedade, ignorando a complexidade social da educação brasileira promovendo aumento das desigualdades sociais.