Decisão foi tomada em assembleia, onde foram relatadas as péssimas condições de trabalho do Hospital, além da negligência da Ebserh/Ufes com a situação. Faixas e cartazes do Sintufes são arrancados!
Baratas e ratos no Centro de Terapia Intensiva. Materiais descartáveis sendo reutilizados. Armários cheio de cupins. Falta de alimentos, falta de medicamentos. Isso tudo faz parte da realidade do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, o Hucam.
Diante desse cenário trágico, relatado pelos próprios profissionais que atuam no Hucam, os trabalhadores técnico-administrativos do Hospital decidiram realizar uma paralisação, de 24 horas, a partir da zero hora desta quinta-feira, 09 de janeiro de 2014.
A decisão foi tomada em assembleia da categoria, realizada na subseção sindical do Sintufes, no campus de Maruípe, em Vitória, na manhã desta terça-feira, 07 de janeiro de 2014.
Liberdade de expressão?
Mesmo antes do Sintufes, fundado em 1992, as associações dos trabalhadores técnico-administrativos em educação sempre fizeram panfletagens, pregaram faixas e cartazes chamando para assembleias, informando sobre greves e ações da entidade de classe.
Até a chegada da Ebserh isso era respeitado no Hucam. Mas, no início deste ano, a Ebserh retirou faixas do Sintufes, convocando os trabalhadores para a assembleia de hoje, 07.
E, na noite de hoje, 07, foram retirados os cartazes mostrando a luta da categoria contra a falta de condições de trabalho no Hucam.
Isso é um acinte! Falta de respeito e de liberdade de expressão. Mas a categoria e o Sintufes não vão se calar! Vão para luta. Lutar contra os desmandos dessa direção da Ebserh que não tem respeito pelo patrimônio da Universidade que são os trabalhadores.
Ebserh, uma farsa
Privatizado pelo Governo Dilma e pela Reitoria da Ufes, o Hospital caiu nas garras da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em abril de 2013.
O reitor da Ufes, que entregou a gestão do Hucam à Ebserh de forma ditatorial, disse que a Empresa resolveria os problemas de recursos humanos, tido por ele como uma das principais questões a serem resolvidas na unidade.
Porém, o que se vê é que muitos problemas ficaram ainda piores. Sem falar que os recursos financeiros, que a Ebserh, iria trazer, não são claros. E possivelmente são oriundos do Governo Federal, que já destinava recursos para o Hucam, quando este era administrado pela Ufes.
Assédio moral
Outro grave problema trazido com a Ebserh é o assédio moral aos trabalhadores técnico-administrativos, que ajudaram a erguer e a manter o maior hospital da rede pública do Estado e a referência em alta complexidade.
Os trabalhadores, efetivados via concurso público, estão, praticamente, sendo convidados a se transferirem do Hospital.
Porém, a categoria não vai aceitar isso. E vai seguir em luta contra os desmandos da Ebserh e o descaso e negligencia das autoridades com a situação do hospital.
O HUCAM NÃO É A CASA DA MÃE JOANA! NOSSA LUTA SEGUE CONTRA A EBSERH! E PELO SUS 100% PÚBLICO!