Na manhã desta sexta-feira, 24, a assembleia da greve do Sintufes fez a avaliação da proposta que o governo apresentou no Ministério de Gestão e Inovação no Serviço Público, no dia 21 de maio, em Brasília. As falas indicaram que a proposta é insuficiente e que a greve deve continuar e ser intensificada. A assembleia aconteceu simultaneamente nos campi de Goiabeiras (auditório da Bilioteca Central – fotos), Alegre e São Mateus com integração por áudio e vídeo entre as três reuniões.
A assembleia deliberou por aguardar a análise do Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra, prevista para sair até o dia 28 de maio. Com isso, já foi agendada uma nova assembleia da greve para a quarta-feira, 29, às 8h30 (em Maruípe, Alegre e São Mateus), na qual a deliberação será tomada a partir das proposições que o CNG levantar.
De qualquer forma, a intensificação da greve foi apontada como necessária com possibilidade de reforçar a aproximação com os professores, localmente, bem como com os trabalhadores do Ifes, caso eles se mantenham em greve. Além de intensificar as ações em Brasília apontando para tensionar ainda mais o governo.
Portanto, a greve continua! E na quarta-feira, 29, haverá nova assembleia para deliberar a partir da análise do CNG. O mesmo será feito por toda base da Federação. A tendência é de que a Fasubra leve uma contraproposta para o governo na mesa de negociação temporária e específica, cuja próxima reunião está prevista para o início de junho.
Tabelas são apresentadas e explicadas
O integrante do Comando de Greve de Goiabeiras Daniel Pompermayer apresentou a tabela que está na mesa de negociação com o governo. Ele explicou o que pode mudar, bem como pontuou o que está contemplado na proposta apresentada pelo governo e faz parte da reivindicação da categoria, que foi aprovada pela plenária da Fasubra, em outubro de 2023 (tabela com lateralização e verticalização).
Atualmente, o PCCTAE (‘tabela escadinha) traz: cinco níveis de classificação, com quatro níveis de capacitação em cada um; e 16 padrões em cada nível;
-O que temos de proposta: transformar a ‘tabela escadinha’ na lateralizada. Na ‘escadinha’, os níveis não começam na mesma linha.
Agora, a proposta é a de lateralizar. Todo mundo começa um do lado do outro. Mas a lógica muda. O nível ‘E’ passa a ser a referência do salário e todos os demais calculam o salário a partir do E:
A: 35% do E
B: 40% do E
C: 50% do E
D: 61% do E
Essa mudança se chama lateralização.
Verticalização: Atualmente, os níveis de capacitação estão um do lado do outro na tabela. Ao progredir por capacitação, você caminha de sua coluna a tabela para a coluna do lado. Dessa forma, você progride para o nível de capacitação ao lado, fazendo curso, e progride para o próximo padrão na linha de baixo por conta do seu mérito.
Mas, agora, o que está em discussão com o governo é que haja uma única coluna com 19 padrões. Em vez de a capacitação mover você para uma coluna ao lado, que não existirá mais, ela te fará avançar mais um padrão.
Clique aqui e confira as tabelas apresentadas na assembleia.
OBS: A fonte de dados usada na tabela leva em consideração a relação de servidores da Universidade disponível neste endereço: saiba mais.
Mais deliberações da assembleia
A assembleia aprovou um ofício, uma moção de apoio à aplicação da jornada de 30 horas para as assistentes sociais das universidades e dos institutos federais. Eles têm uma lei específica que garante a jornada de 30 horas em todo o país, mas as universidades e os IF não aplicam a jornada para a categoria.
GT LGBTQIA+ do Sintufes
O trabalhador Toninho Lopes, do CCS, fez uma cobrança para que seja instalado o Grupo de Trabalho (GT) LGBTQIA+ do Sintufes. Ele pontuou que o GT já havia sido aprovado em outra assembleia, entendendo o contexto da greve, mas destacando a importância da deliberação ser efetivada. O Sintufes irá encaminhar a instalação.