Categoria aprova suspensão da greve com manutenção da luta

Veja ainda as demais deliberações da assembleia geral unificada, realizada nesta quarta-feira, 14

A greve da Ufes está suspensa, mas a luta das/os técnico-administrativos em Educação vai seguir firme e forte contra o desmonte do estado promovido pelo governo federal e pelo Congresso. A categoria aprovou a suspensão do movimento paredista e o retorno imediato ao trabalho a partir desta quinta-feira, 15 de dezembro. A decisão foi tomada pela assembleia geral unificada, realizada nesta quarta-feira, 14, na tenda da greve, em Goiabeiras, e segue orientação do Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra.

Em relação às ameaças de corte de ponto, a categoria aprovou a ratificação da posição do Comando Local de Greve de que o reitor da Ufes assine a proposta de termo de acordo de greve, já entregue pelo CLG à Reitoria, visando a negociação dos dias parados. A assembleia ainda aprovou a manutenção do estado de greve. E também que seja indicada à Fasubra a necessidade da realização de uma plenária da Federação, no início do próximo ano, para traçar um calendário de lutas que considere, inclusive, a deflagração de uma nova greve para o início do semestre de 2017.

Fizemos uma greve unificada, com professores e estudantes, participamos de ato contra a aprovação da PEC-55, em Brasília, aqui no Estado, mostramos nossa já conhecida disposição para a luta, afirma o coordenador-geral do Sintufes, Wellington Pereira.

O Senado, contudo, contrariando a vontade da grande maioria do povo brasileiro que se posicionou contra a PEC, aprovou a proposta, que vai reduzir os investimentos em saúde e educação para os próximos 20 anos, congelar salários e prejudicar a classe trabalhadora e o povo mais pobre. Só que ela não é a única peça traiçoeira do Parlamento e do Planalto contra a nação brasileira.

A PEC representa um grave ataque aos direitos da população, mas ela não é o único ataque. E diante do pacote de maldades, como Reforma da Previdência (PEC 287/2016), Lei da Mordaça, Reforma do Ensino Médio, que ainda está no Congresso para ser votado, precisamos seguir atentos e continuarmos na luta contra os golpes de um governo impopular e de deputados e senadores que votam a toque de caixa projetos que vão gerar grandes prejuízos à população brasileira e aos serviços públicos do País, assinala Pereira.

Apesar da aprovação da PEC, a categoria avaliou positivamente a luta realizada em favor de um futuro melhor para o Brasil. O fato de professores, estudantes e técnicos, terem realizado uma greve unificada foi outro ponto positivo. Assim como a necessidade da manutenção da luta da categoria, haja vista que o governo é impopular, impostor, mas está se enfraquecendo. A própria aprovação da PEC-55 no segundo turno, no Senado, foi com quatro votos a mais que os 49 necessários. O que mostra que a luta feita contra a PEC teve o seu efeito. E só ratifica a extrema importância da continuidade da luta.