Categoria aprova deliberações do CNG, e greve continua forte

Na luta: trabalhadores decidem em manter o movimento

Em mais uma assembleia geral dos técnico-administrativos da Ufes, na manhã desta quinta-feira, 14, na sede do Sintufes de Goiabeiras, em Vitória, a categoria aprovou todas as deliberações do Comando Nacional de Greve da Fasubra (CNG), deliberadas nessa quarta-feira, 13, e decidiu por continuar em greve. 

Veja as deliberações do CNG ao final da matéria e aqui no informe de greve da Fasubra.  

Os trabalhadores e representantes dos comandos de greve dos quatro campi souberam ainda de uma importante reviravolta na Fasubra. Foi que o CNG votou a favor das deliberações soberanas das bases. Por 58 votos favoráveis, dois contrários e 33 abstenções, o Comando Nacional aprovou a continuidade do movimento grevista.  

Na semana passada o CNG tinha aprovado o fim da greve, contrariando as decisões das assembleias da grande maioria das universidades federais. O Comando defendia que sem greve, o governo negociaria com a categoria. 

Mas agora não tem mais essa. O governo vai ter que negociar com os trabalhadores em greve, frisou o diretor do Sintufes, José Magesk. 

Para ele, o governo está acuado e isso só mostra a necessidade do fortalecimento do movimento. O diretor ainda chamou atenção para o grande número de delegados que se abstiveram na votação do CNG. 

Essas 33 abstenções mostram uma covardia muito grande. São delegados covardes que não defendem a posição da base no Comando Nacional, apontou. 

Segundo Magesk, as abstenções indicam ainda que os grevistas podem ter problemas, pois quem se absteve está jogando a responsabilidade para quem está em greve. Apesar disso, o diretor acredita que o movimento começa para valer e a categoria não pode recuar. 

Agora que a greve vai começar de verdade. E não dá mais para fazer concessões. Se recuarmos vamos penar até 2013 sem reajuste, analisou. 

Contradição do governoO diretor do Sintufes Wellington Pereira revelou uma contradição do governo, que vem pedidno o fim da greve para avançar com as negociações. 
O Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) é da mesma categoria que a gente. Se a gente ganhar, eles também vão ganhar. Mas eles não estão em greve e mesmo assim não há proposta para eles ainda, questionou o diretor.

Para Wellington, a categoria deve manter e reforçar cada vez mais o movimento grevista. Ele também propôs a ida do diretor Magesk para o CNG. A assembleia aprovou a proposta, e Magesk viaja na segunda-feira, 18, para Brasília. 
Greve segue forte nos comandosA assembleia foi aberta com os informes sobre a greve nos campi de São Mateus, Norte do Estado, Alegre, no Sul, Hospital das Clínicas, em Maruipe, e Goiabeiras. 

Os quatro comandos informaram que a greve segue forte, mostraram a importância de o movimento continuar unido e coeso. 

Alguns, entretanto, mostraram as artimanhas das chefias de tentar desmobilizar os trabalhadores. Sobretudo na ameaça de cortar o ponto. 

O diretor José Magesk disse que os comandos não podem aceitar nenhuma forma de desmobilização e ressaltou quando haverá discussão sobre o ponto.


O corte de ponto será discutido no fim da greve e com o governo, não com Reitoria e nem chefias, assegurou. 

Deliberações do CNG-Participação do CNG na SBPC e no Congresso da UNE no dia 15 de julho;-Ato nas Reitorias dia 21/07;-Ato nos Hospitais Universitários dia 28/07;-Marcha da Educação na 1.º Quinzena de agosto com a participação da SINASEFE, ANDES E DCES;-Acampamento em Brasília na primeira quinzena de agosto, data a definir:-Campanha de outdoor em todos os estados sobre a privatização dos Hospitais Universitários e nossa greve;-Visita do CNG as entidades que aprovaram a saída da greve;-Publicar um Jornal para distribuição nacional com a posição na integra do CNG para fortalecer o movimento paredista;
O Comando de Greve está analisando como será a participação no ato na Reitoria da Ufes, no dia 21 de julho. Em breve mais detalhes na página do Sintufes. 
Confira a íntegra do informe de greve do CNG. 
Café com Mentira

Essa mentira é boa. Já a da Dilma…
O dia foi aberto com um ato simbólico: o Café com Mentira. Os trabalhadores que chegavam faziam lanche e comiam mentiras, que estavam saborosas mas representavam as lorotas do governo.

Afinal, a presidente Dilma não tem dinheiro para aumentar o salário do trabalhador, mas torra mais de R$ 630 bilhões do Orçamento da União pagando juros e refinanciando a dívida pública. Sem falar nos mensalões, nos recentes escândalos do Ministério dos Transportes, da Casa Civil. 

Fundo de greve

O Comando de Greve aproveitou a assembleia geral para fazer uma prestação de contas do fundo de greve. Veja aqui quanto foi gasto e arrecadado pelo Sintufes nestes quase 40 dias de paralisação.