Confira documentos que confirmam ameaças de demissão, por parte da Procuradoria da Ufes, contradições do reitor entre outras formas de assédio moral aos técnicos
Em mais uma mobilização dos trabalhadores, puxada pelo Sintufes, a categoria teve conhecimento do descaso da administração da universidade para com os TAEs. O ato foi realizado pela manhã desta quinta-feira, 04, na Reitoria da Ufes, campus de Goiabeiras, em Vitória.Balões foram lançados e ficaram no teto, com reivindicações dos trabalhadores, como a que cobra: “Reitor, mostre que está vivo. Audiência pública já!” (foto acima). Caixão no hall de entrada: clique na imagem abaixo e veja as imagens do ato.
Durante a mobilização, o Sintufes informou a categoria sobre o assédio moral, por meio de ameaças de demissão, em documento da Procuradoria da Ufes aos trabalhadores das equipes multifuncionais do Hucam (Serviço Social, Psicologia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia).
De acordo com uma trabalhadora, a procuradoria cobra que as equipes multifuncionais elaborem escalas de trabalho DIFERENTES DA JORNADA CONQUISTADA NO ACORDO DE GREVE DO HUCAM DE 2013, para que tais setores passem atender também em plantões.
PORÉM, A PROGEP JÁ DISSE QUE O MESMO SETOR NÃO PODE TRABALHAR COM ESCALAS DIFERENTES. Ou seja, prova que a administração da Ufes não fala a mesma língua.
Confira aqui, o trecho da nota técnica da Procuradoria com ameaça de demissão a TAE’s.Respostas do REI
Clique aqui e confira as respostas do reitor da Ufes ao ofício do Sintufes, solicitando reivindicações dos trabalhadores. Veja as respostas dadas pelo reitor e perceba como é o tratamento da gestão para com os TAEs.
Perceba que para marcar uma audiência pública com os técnicos, o magnífico precisa analisar a solicitação, quando poderia apenas: “agendar a audiência, mas não faz. Não abre agenda para debater com os técnicos, mas toma decisões que trazem prejuízos a toda nossa categoria: autoriza monocraticamente a privatização do hospital; Não regulamenta a jornada ininterrupta em todos os campi e impõe um aparelho de ponto, rechaçando todas nossas reivindicações. E não trata os três segmentos da nossa universidade de forma igualitária”, ressalta a diretoria colegiada do Sintufes.
Confira ainda que em uma das respostas (a segunda resposta), que o reitor contradiz uma informação da vice-reitora, repassada por ela em reunião do Conselho Universitário.
Autonomia para privatizar tem, né?
Durante a mobilização desta quinta-feira, 04, o ouvidor da Ufes, professor Ricardo Behr, fez uma fala aos TAEs presentes no ato.
Embora não tenha passado nenhum apoio concreto, é preciso reconhecer que ele se pronunciou diante dos técnicos, mostrando respeito ao movimento. Diferente de outras chefias que ignoram a atividade.
Fato é que o ouvidor ouviu argumentos bem fortes, como o do coordenador-geral do Sintufes, José Magesk.
Ouvidor, para o reitor decidir ara decidir sobre nossa jornada ele não lembra do artigo 207 da Constituição. Mas para vender o Hucam para EB$ERH, aí ele tem autonomia universitária, questionou Magesk.
E o ponto do professor?
Em sua fala, o ouvidor foi questionado pelo diretor do Sintufes, Ademar Bacelar: e o ponto do professor?
Na sua resposta, o ouvidor disse que professores têm seu controle de frequência, citando como dificuldades para que esse controle fosse por ponto eletrônico, algumas atividades dos professores como pesquisa, que não são tão facilmente mensuráveis, como o tempo em sala de aula, por exemplo.
Porém, o ouvidor foi informado que há TAEs que fazem pesquisa também. E ele ouviu também que os técnicos NÃO TÊM PROBLEMA NENHUM COM BATER O PONTO.
Tem problemas sim da forma como o processo vem sendo conduzido pela administração da Ufes. E se tem problemas. Há de ter luta!