A assembleia da greve apontou para a manutenção da luta em torno da recomposição salarial para 2024 e da reestruturação da carreira. A categoria elegeu a chapa (com três delegadas/os titulares e três suplentes) que irá representar o Sintufes no Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra, nas duas próximas semanas, em Brasília.
Cabe destacar que os dias 21 e 22 serão de grande movimentação na capital federal com participação de caravana do sindicato e de reunião com o governo.
A assembleia aprovou, ainda, a participação do Sintufes em uma atividade conjunta à Adufes, em favor da Palestina e contra o genocídio cometido pelo Estado de Israel, que deverá ser realizada em junho.
A assembleia aconteceu na subsede do Sintufes, em Maruípe, na manhã desta terça-feira, 14, com participação da categoria de São Mateus e Alegre, que acompanharam os trabalhos reunidos em salas em seus respectivos campi.
Prestação de contas. O Sintufes apresentou um balanço prévio da utilização do fundo de greve. A prestação apresentada pelo coordenador de Finanças, Luiz Antônio Araújo Silva, mostrou que o sindicato, de 13 de março a 10 de maio, teve gastos da ordem de R$ 93 mil, em razão do movimento paredista.
E que o fundo de greve, que foi descontado no contracheque dos filiados em maio, somou R$ 90.954,06. Com isso, a conta do fundo de greve está num saldo negativo de R$ 2.066,23. Cabe lembrar que este saldo resulta da comparação de dois meses de custos com apenas um mês de receita.
O que é o fundo de greve? Durante a greve, o desconto da mensalidade do filiado passa a ser de 2%, em vez de 1%, conforme previsão estatutária. Essa decisão foi aprovada em assembleia vale lembrar. A arrecadação é depositada em uma nova conta bancária, que é usada exclusivamente para atividades do movimento paredista. Ao final da greve, o desconto volta a ser de 1%.
Na greve, na caravana, na luta! No dia 21 de maio está prevista a 5ª Reunião da Mesa Específica e Temporária, na qual o governo deve apresentar nova proposta para a Fasubra em relação à reestruturação da carreira e a recomposição salarial. A mesa Específica e Temporária faz a discussão em torno do PCCTAE (Fasubra e Sinasefe).
Caravana. Uma caravana organizada pelo Sintufes vai para Brasília no dia 19 de maio. Ela vai participar de duas atividades importantes na capital federal: o Grito da Terra, que será no dia 21 (dia da reunião da mesa); e do Ato Unificado do Funcionalismo, no dia 22.
Os caravaneiros retornam para Vitória no dia 22, após o ato unificado. Vale salientar que a chapa eleita pela assembleia para o CNG da Fasubra vai com a caravana, mas ficará em Brasília até do dia 31 de maio.
Ampliação
A assembleia definiu que o Comando de Greve poderá ampliar o número de delegadas, de três para cinco, caso seja entendida essa necessidade, ao longo do período em que a chapa eleita na assembleia estiver em Brasília.
Unificando a luta
Houve debate sobre a greve da educação, mostrando-se a necessidade, para fortalecer ainda mais o movimento, de se dialogar com professores e com o movimento estudantil e com outros trabalhadores do serviço público federal, como é o caso dos técnicos e professores dos Institutos Federais de Educação.
Encontros simultâneos. O sindicato passou a fazer assembleias de greve simultâneas em Alegre, São Mateus e Vitória. Elas dependem de uma transmissão online, mas não são necessariamente híbridas.
É que os trabalhadores dos campi avançados participam da assembleia reunidos em uma sala no seu respectivo campus. A diferença para uma assembleia híbrida é que nela as pessoas podem participar com o link de acesso à sala, mas sem estarem reunidas em um local específico.
Os delegados ao CNG também poderão participar com direito a voz e voto, desde que reunidos em um mesmo espaço. Ficou acordado, no entanto, que os delegados ao CNG que estiveram em Brasília, impossibilitados de se reunir em um mesmo espaço por questões de agenda, poderão receber o link para participar da assembleia, sem direito a voto.
A dinâmica valerá também para reuniões do Comando Geral de Greve do Sintufes.
Informes
Foi informado sobre as dificuldades de trabalhadores RJU em greve no Hucam. Outro informe foi sobre a Reitoria não ter pautado a reunião do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe), na qual seria discutida a suspensão do calendário acadêmico.
A Adufes fez intervenção no campus de Goiabeiras na segunda, 13, em razão da não marcação da reunião do Cepe. A Associação de Docentes defende a suspensão do calendário.