A assembleia da greve do Sintufes aprovou que os parâmetros do Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra sejam levados à próxima reunião da mesa temporária e específica, que faz o debate sobre a reestruturação da carreira e a recomposição salarial junto ao governo.
O entendimento geral é que é importante fortalecer a greve para pressionar o governo a melhorar a negociação, que começou lá embaixo, mas por força do movimento grevista avançou um pouco. A assembleia aconteceu em Maruípe, São Mateus e Alegre, na manhã desta quarta, 29 de maio. Em Vitória (fotos), a reunião foi no salão de estudos da biblioteca do CCS, em Maruípe.
Além da proposta dos parâmetros do CNG, a assembleia aprovou encaminhamentos para a Comissão de Interlocução (Comitê de Crise); elegeu a chapa de delegados para representar o Sintufes no CNG, bem como aprovou a possibilidade, caso a necessidade, de o Comando de Greve do Sintufes eleger delegados para as próximas delegações do Comando Nacional da Fasubra.
GT LGBTQIA+ Sintufes. O integrante do Comando de Greve do Sintufes Toninho Lopes fez a convocação para todes participarem da primeira reunião do GT LGBTIQIA+ do Sintufes, prevista para a quarta-feira, 4 de junho, às 14 horas, na sede do sindicato em Goiabeiras. O GT inicia seus trabalhos no Mês do Orgulho LGBTQIA+!
Aprovação dos parâmetros
O Informe de Greve do CNG Fasubra, de 25 de maio, traz os parâmetros que serão levados à próxima reunião com o governo. Eles foram construídos após o governo ter apresentado a proposta no dia 21 de maio, a última apresentada à Fasubra e ao Sinasefe, que têm trabalhadores da mesma carreira, o PCCTAE.
Os parâmetros do CNG/Fasubra não se configuram em uma pauta fechada. Eles trazem possibilidades de reajuste de 4% em 2024, entre outros detalhes que podem trazer diversas alterações – tanto nas questões salariais quanto na reestruturação da carreira. Para saber detalhes do que a Fasubra levará à próxima reunião da mesa de negociação com o governo é importante saber como será as votações dos demais sindicatos de base da Federação.
A assembleia aprovou a proposta dos parâmetros, que foi defendida pelos coletivos Sintufes Pela Base/Unir; Vamos à Luta; e Travessia, defendida, respectivamente, pelos integrantes Marcelo Rosa, Luiz Antônio e Wellington Pereira. Mas ela não foi a única proposta.
Houve outra do coletivo Taes de Luta/Base, defendida pelo integrante Daniel Pompermayer. Ele propôs que fosse levado para mesa a proposta inicial (de quando a Fasubra estava na mesa de negociação permanente representada pelo Fonasefe) que reivindicava três parcelas de 10,34% (em 2024, 2025 e 2026), contemplando a capacitação e ainda questões da pauta geral, como retomada de concursos, recomposição do orçamento das universidades, 30 horas, entre outros.
Comissão de Interlocução
A integrante da Comissão de Interlocução com a Reitoria e do Comando de Greve, Luar Santana solicitou uma inclusão de pauta. Para tirar encaminhamentos para as representantes dos trabalhadores na Comissão de Interlocução levarem aos representantes da gestão da Ufes.
São problemas de registro de frequência, escala de plantonistas, horas trabalhadas que geram horas extras, pressões de chefias que têm aparecido no Hucam, Alegre e Goiabeiras. Os encaminhamentos serão levados à comissão e retornarão ao Comando de Greve e à assembleia.
Mas foi reforçada duas questões: a de não fazer registro de greve por e-mail ou escrito, apenas avisar a chefia, falando com ela; e o principal: NINGUÉM DEVE BUSCAR RESOLVER NENHUMA SITUAÇÃO PARALELAMENTE. QUAISQUER INTERCORRÊNCIAS DEVEM SER LEVADOS AO COMANDO DE GREVE!
Informes
Mais um setor em greve! A Biblioteca do CCS também entrou na luta!
‘Golpismo’ entre os docentes… Foi informado que a Proifes-Federação, uma entidade que tem representação oficial, mas não tem carta sindical e nenhum gabarito político (não tem base consolidada nas universidades como o Andes-SN), assinou acordo dos docentes com o governo. O governo acatou. Mas o Andes-SN (federação da Adufes) segue na greve.
Justiça derruba acordo da Proifes! A Associação das/os Docentes da Universidade do Sergipe entrou com ação, e a Justiça Federal do Sergipe acatou.
“O juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, atendeu a uma ação protocolada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, uma seção sindical do Andes, alegando que a Federação não teria legitimidade para representar a categoria docente”… Leia mais em Carta Capital.