A assembleia da greve do dia 12 de abril aprovou a participação da categoria na Jornada de Lutas, de 15 a 18 deste mês, em Brasília. A assembleia definiu ainda que vai enviar três delegados para o Comando Nacional de Greve da Fasubra.
Comitê de Crise. Tema bastante debatido pela assembleia foi o ofício surpresa que a Reitoria divulgou, no dia 9 de abril, à revelia do Comando de Greve. O documento gerou muitos ruídos em meio aos trabalhadores.
A questão foi objeto de discussão após a assembleia, na parte da tarde, em reunião do Comitê de Crise (Comissão de Interlocução). O objetivo da reunião era reforçar o papel da comissão e cobrar a retificação do documento encaminhado à categoria, conforme o que havia sido acordado nas reuniões anteriores.
As deliberações da assembleia foram tomadas na tenda da greve do Básico, no CCS, campus de Maruípe, em Vitória, ao longo da manhã desta sexta, 12, data que marca um mês da deflagração do movimento (na assembleia de 12 de março).
Comando unificado com docentes
Um ponto foi encaminhado a respeito de um convite da Adufes para a composição de um comando unificado de greve (técnicos, docentes e estudantes). O convite chegou já com a proposta de um comando unificado com o formato aberto com direitos a falas, mas com cada segmento com dois representantes com direito a voto.
Após a abertura do ponto e das discussões, foram apresentadas três propostas. A proposta vencedora foi a de aprovar a construção do comando, mas com a suspensão da discussão sobre o formato para depois da caravana.
Greve ganha força
No geral, a assembleia avaliou que o movimento paredista está ganhando força – não apenas entre os TAEs das universidades, que são, mais uma vez, a vanguarda da luta. Mas também pela recente adesão da base do Sinasefe à greve e do Andes que vai aderir ao movimento paredista a partir de 15 de abril.
A Fasubra está praticamente com toda sua base em greve – apenas um sindicato não aderiu ao movimento paredista. O Sintufes iniciou a greve dos TAEs na Ufes no dia 13 de março. Após isso, acompanhou as discussões locais do Sinasefe.Ifes (trabalhadores dos Institutos Federais do ES) e dos professores (Adufes). Técnicos e docentes dos Ifes começaram a greve no dia 9 de abril. Já os professores da Ufes iniciam na segunda, 15.
O Comando de Greve tem dialogado com o DCE sobre a possibilidade de o movimento estudantil também entrar em greve para fazer com que todos os segmentos da Ufes estejam na luta! Afinal, a greve reivindica a reestruturação da carreira com orçamento para o reajuste salarial. Mas cobra também a recomposição orçamentária das universidades no mínimo ao patamar de 2015.
A discussão se estende a outras categorias do serviço público, como se viu no ato no dia 3 de abril, que teve a presença do Sindprev, sindicato que representa trabalhadores da Previdência, da Funasa, entre outros.
Serviços essenciais e Comitê de Crise
No que tange aos serviços essenciais, a assembleia pontuou que é importante levar ao Comitê de Crise uma proposta que não impeça o direito de greve dos trabalhadores. E que os setores considerados essenciais funcionem com um percentual de trabalhadores para manutenção daqueles serviços. Isso foi levado para a Reitoria na reunião da tarde.
Comando cobra alteração em ofício da Reitoria
Na reunião do Comitê de Crise, os integrantes do Comando de Greve explicaram todo ruído que o ofício divulgado pela Reitoria gerou em meio aos trabalhadores, em especial no Hospital Universitário. Muitos começaram a informar por email/por escrito que estão em greve para as chefias.
Isso não havia sido acordado pelo Comitê de Crise. Os representantes da Reitoria decidiram unilateralmente sobre a publicação do ofício. O que gerou muito descontentamento no Comando de Greve, sem falar que tal atitude descaracteriza a própria existência do Comitê, já que ele existe para essa finalidade.
A Reitoria ficou de retificar o documento e de fazer circular o texto alterado.
