O Comando de Greve do Sintufes fez um debate no qual observou as reais possibilidades do movimento paredista. O Comando entendeu que é importante se manter na luta, nas tendas, realizando as atividades, mas que a greve já está próxima da sua conclusão!
Em relação à proposta do governo, o Comando Nacional de Greve já protocolou no Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), nesta sexta, 21, a pauta de reivindicações que irá apresentar ao governo, na próxima reunião que deve ser realizada nos próximos dias. O objetivo da Federação é buscar melhorar o que o governo apresentou no dia 11, mas sem colocar em risco o que já está posto na negociação pelo MGI.
A saída da greve vai acontecer após mais essa rodada de negociação e ela só será consolidada com a assinatura do termo de acordo. O indicativo é para que a saída da greve, da base da Fasubra, seja unificada, assim como foi no início da luta lá em março com a Federação na vanguarda das entidades que reivindicavam a reestruturação da carreira, o reajuste salarial digno e as demais questões da pauta.
A reunião do Comando aconteceu na manhã desta sexta-feira, 21, na Biblioteca Central, em Goiabeiras, Vitória. Os comandos de Greve de Alegre, São Mateus, do Hucam e os delegados do Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra participaram via Meet.
No encontro, foram tiradas as dúvidas e foi marcado o compromisso, apesar das dificuldades e da estafa de ficar à frente de uma greve, de dar sequência ao movimento.
Vale ressaltar que o objetivo da Fasubra é que todas as questões da pauta de reivindicações entrem no termo de acordo de greve, quando ele for ser assinado. Por isso é importante que todos os pontos tenham prazos de execução para que a categoria cobre o cumprimento de cada um deles mesmo meses/anos após a assinatura do termo.
Ponto a ponto
Data da reunião com o governo: Ainda não foi marcada. A Fasubra já tem o resultado das assembleias de base. Já o Sinasefe vai ter o resultado após a sua plenária, que será nos dias 20 e 21 de junho. Com os resultados das duas entidades, elas vão marcar uma nova agenda com o governo para que seja realizada a 7ª mesa específica e temporária da carreira (PCCTAE).
Deliberações da base da Fasubra: No geral, elas apontam para continuidade da greve e para que o CNG da Fasubra busque melhorias na proposta que o governo apresentou, 11 de junho.
A proposta do governo foi rejeitada? Houve rejeição por 14 sindicatos da base da Fasubra. Mas 15 aceitaram e 17 apontaram para que sejam reivindicadas melhorias na próxima agenda com o governo. O Sintufes tem a expectativa de lutar por melhorias, mas sem abrir mão do que já está posto tanto em relação ao reajuste quanto à reestruturação da carreira.
Foi descartado reajuste para 2024? Pelo CNG, não. O governo é quem não acena com reajuste em 2024. Mas o reajuste será novamente reivindicado pela Fasubra.
Outros pontos: 30 horas, hora ficta, escala 12/60
30 horas para todos: um grupo de trabalho (GT) será formado no âmbito do MEC para discutir sobre as 30 horas para todos os trabalhadores.
30 horas (profissões regulamentadas) – Para Libras e outras profissões, como o Serviço Social, que têm 30 horas regulamentadas, a discussão também será no MEC, mas o indicativo do governo é favorável à regulamentação, já que há essa previsão em leis específicas.
Escala 12 por 60: Será discutida em um GT no MEC.
Hora ficta (hora noturna): A orientação do governo é pela regulamentação não apenas para o hospital, mas também para outros trabalhadores que atuam em hora noturna.
Ponto eletrônico: Será discutido em um grupo de trabalho vinculado à mesa setorial no MEC.
RSC: Será discutido em um grupo de trabalho na CNSC (Comissão Nacional de Supervisão da Carreira).
Prazos: A previsão é de que a hora ficta seja resolvida em 60 dias. Os prazos dos demais GTs é de 180 dias. Os prazos começam a contar a partir da assinatura do termo de acordo de greve.
Reunião da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC): A CNSC se reúne no dia 25 de junho.
Comissão de Interlocução: Representantes da Comissão de Interlocução do Sintufes vão se reunir nesta segunda, 24, para discutir sobre corte de ponto de alguns trabalhadores entre outras questões que já deveriam ter sido resolvidas pela Reitoria, mas ainda não foram.
Após a reunião, a previsão é de cobrar nova agenda com toda a Comissão de Interlocução (com os representantes da gestão da Ufes e da categoria) para entender o motivo dos problemas.