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25 de julho é Dia Internacional da Mulher Negra Latina-americana e Caribenha

25 de julho é Dia Internacional da Mulher Negra Latina-americana e Caribenha

Veja a homenagem do Sintufes à data, que será lembrada em eventos na Ufes e na Praça Costa Pereira. Confira a agenda e participe! 


“Mas tu tem que lembrar –
com orgulho! 25 do mês de julho!”
(Carlos e Tereza – El Efecto)

O 25 de julho marca a luta e a resistência das mulheres negras. Este é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. Nesta data, as brasileiras e os brasileiros rememoram a rainha Tereza de Benguela, líder do Quilombo de Quariterê, no Vale do Guaporé (MT), que no Século XVIII foi o lar de mais de 100 pessoas.

A data é fruto do 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em 1992 em Santo Domingo na República Dominicana. É um marco em prol de que sejam amplificadas as vozes das mulheres negras e um incentivo para que essas mulheres compartilhem suas vivências e denunciem as opressões de que são vítimas. O dia aponta para a necessidade de se encampar e fortalecer a luta contra o racismo e contra o machismo.

Passados mais de 500 anos da invasão dos europeus ao Brasil, quando teve início nessas terras a violência colonialista, as mulheres negras ainda sofrem a herança de terem sido, ao longo da história brasileira, latino-americana e caribenha, historicamente oprimidas, exploradas, objetificadas e tratadas como mercadoria ou como objetos sexuais. Ainda hoje, mulheres negras sofrem todo o revés de uma cultura do estupro que surgiu com a escravização.

Mulheres negras são as principais vítimas de feminicídio, das violências doméstica e obstétrica e da mortalidade materna no Brasil. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022 aponta que 62% das mulheres vítimas de feminicídio são negras. Quando vistos os registros das demais mortes violentas intencionais, esse percentual sobe para 70,7%. As vítimas de intervenções policiais com resultado morte são em maioria mulheres negras ou seus filhos: 84,1% dessas vítimas são pessoas negras. Quando se trata de acesso à educação, ao mercado de trabalho, à moradia e à saúde, a mulher negra é atingida com os piores índices no nosso país.

Por tudo isso, o Sintufes convoca a categoria a se posicionar na luta pela construção uma sociedade em que mulheres negras vivam livres de amarras e de opressões. “Ser mulher negra é minha essência, não minha sentença”!

Confira as atividades em lembrança à data e participe! 

Ato público na Costa Pereira no dia 30
Com o objetivo de fazer ecoar o grito de mulheres negras contra a fome, contra o feminicídio, contra a ausência de políticas públicas que as atendam, contra a criminalização de seus corpos e o contra o extermínio da juventude negra, o Núcleo Estadual da Marcha das Mulheres Negras construiu um calendário de atividades para marcar o 25 de julho.

Estão previstos o lançamento de um vídeo manifesto das Mulheres Negras do Espírito Santo na segunda-feira, 25 de julho. Ainda no dia 25,  o bloco AfroKizomba realiza um ensaio aberto, às 19h, no Museu Capixaba do Negro (Mucane), Centro de Vitória; e o Coletivo FEPNES + Diversidade Núcleo de Cachoeiro de Itapemirim promove uma homenagem às mulheres negras e oficina de turbante e tranças.

A programação se estende até o sábado (30), com o Ato pela Vida das Mulheres Negras, na praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, das 9h às 13h.

Leia mais sobre a programação das ações no Centro de Vitória: clique aqui. 

Roda de conversa na Adufes “Mulheres Negras: Histórias que nos negaram” será na quinta-feira, 28
A Adufes também organizará uma atividade em lembrança ao dia 25 de julho. No dia 28 de julho, quinta-feira, a partir das 19 horas, acontecerá a roda de conversa “Mulheres Negras: Histórias que nos negaram”, que contará com a participação de companheiras negras que partilharam as suas experiências enquanto mulheres negaras na luta sindical, na política e na acadêmica.

Nesta atividade estarão presentes, além de diversas outras companheiras, as vereadoras da Câmara Municipal de Vitória Camila Valadão e Karla Coser, além da técnica-administrativa em Educação Marly da Conceição Balduíno.

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