17 de maio é Dia Internacional de Combate à LGBTfobia. Uma cultura nefasta, acentuada pelo machismo da sociedade que vem matando e violentando milhares de pessoas ao longo dos anos no mundo inteiro. Para se ter ideia, de acordo com a ONG Grupo Gay da Bahia, em 2017, foram registradas 445 mortes de pessoas LGBT somente no Brasil.
É praticamente uma morte a cada 19 horas, de assassinato ou de suicídio causados pela “LGBTfobia”. Foram 194 gays mortos, 191 trans, 43 lésbicas, cinco bissexuais e 12 heterossexuais, incluídos no relatório da ONG por terem envolvimento com o universo LGBT. Isso mesmo após, quase 30 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovar e oficializar a retirada do Código 302.0 (Homossexualismo) da CID (Classificação Internacional de Doenças), declarando oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio”.
Portanto, 17 de maio é Dia Internacional de Combate à LGBTfobia. É preciso darmos um basta na violência LGBTfóbica.
Vergonha não é ser LGBT. Vergonha é ser LGBTfóbico.
Fasubra. Abaixo, segue uma nota sobre a criação da Coordenação de Políticas LGBT+ da Fasubra, que tem como um de seus diretores o coordenador-geral do Sintufes, Wellington Pereira.
Momento histórico: Fasubra fortalece a luta LGBT
Para ajudar a descontruir a nefasta cultura machista e LGBTfóbica da nossa sociedade, o XXIII Congresso da Fasubra (Confasubra) aprovou, por unanimidade, a criação da Coordenação de Políticas LGBT+ da Fasubra, no dia 10 de maio, durante o evento, que é a instância máxima de deliberação da Federação, que aconteceu em Poços de Caldas, Minas Gerais.
A criação da Coordenação de Políticas LGBT+ é um marco histórico, que foi definido uma semana antes do Dia Internacional de Combate à LGBTfobia (17 de maio). É um momento histórico porque reafirma a luta da Fasubra em favor da diversidade, da pluralidade, do respeito às identidades de gênero e às orientações sexuais de todas e de todos.
Entra para história também, pois vai reforçar a discussão em torno das questões LGBT dentro das universidades e no movimento sindical. Afinal, a LGBTfobia está presente em todos os espaços: nas instituições de ensino, nos sindicatos, nas repartições públicas, nas empresas, na nossa própria Federação. E só reforçando a política em defesa da comunidade LGBT vamos evoluir para uma sociedade que respeite os direitos humanos.
Entendemos que a criação da Coordenação de Políticas LGBT+ da Fasubra pode e vai contribuir para que as vidas de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, pessoas intersex não sejam apagadas, não sejam assassinadas, nem precisem ter vergonha de serem quem são.
Vergonha não é ser LGBT. Vergonha é ser LGBTfóbico.
Por uma Fasubra cada vez mais LGBT!
Coordenação de Políticas LGBT+ da Fasubra
Wellington Pereira e João Paulo Ribeiro