11 de junho de 2012, os trabalhadores técnico-administrativos em educação de 44 universidades brasileiras deflagram greve da categoria, contra o descaso e a intransigência do governo Dilma, que não abria diálogo para negociar com a classe trabalhadora.
Antes da data, duas universidades já tinham iniciado o movimento paredista. Depois do dia 11, outras 15 universidades entraram em greve, totalizando 61 instituições paradas.
Por isso que o sábado, 11 de agosto de 2012, pode ser considerado como o marco dos dois meses de greve da base da Fasubra no País.
Desde então, outras reuniões com o governo foram marcadas. O descaso e a intransigência se mantiveram. Mas, em função da grandeza da greve na educação, o governo, nos idos de agosto, começou a dar indícios de abrir brechas para negociar.
O que foi apresentado, até a reunião do dia 14 de agosto, estava aquém da pauta da categoria da Fasubra. Porém, as negociações parecem tomar um rumo favorável aos trabalhadores, já que as universidades públicas federais e as antigas escolas técnicas estão com muita força na greve. E não parecem que não abrem mão de ver suas reivindicações atendidas.
Fique por dentro dos informes de greve da Federação, produzidos em agosto.
Sinasefe e Andes-SN na luta!
Esta é a maior greve da educação pública brasileira, haja vista que os professores universitários (base do Andes-SN) estão em greve desde 17 de maio. E os docentes e técnicos da Rede de Educação Tecnológica (base do Sinasefe) também estão com suas atividades paralisadas desde 13 de junho.
Apoio estudantil! Cabe destacar que a greve não é só dos trabalhadores. O Comando Nacional de Greve dos Estudantes está apoiando o movimento e participando das atividades, mostrando que os problemas do ensino público federal vão além das pautas de reivindicações das categorias profissionais em greve.
Na Ufes, o Diretório Central dos Estudantes tem sido parceiro dos técnicos e professores, contribuindo muito na luta do Sintufes e da Adufes em favor da educação pública e de qualidade. E o Grêmio Estudantil do Ifes (Instituto de Educação Tecnológica do Espírito Santo) também tem participado das atividades grevistas.
PAUTAS DA GREVE!
FASUBRA
Pauta específica da categoria da Fasubra é a seguinte:
– Reajuste salarial: piso de três salários mínimos e step de 5% (progressão no salário. Consiste no percentual adicionado sobre o salário-base entre um padrão de vencimento e o imediatamente posterior);
– Racionalização dos cargos (há trabalhadores que exercem praticamente as mesmas atribuições que outros, mas por terem nomenclaturas diferentes recebem salários inferiores);
– Reposicionamento dos aposentados (reajustes sejam o mesmo e não haja perda de direitos conquistados na aposentadoria);
– Mudança do Anexo IV (Incentivo à Qualificação);
– Devolução do Vencimento Básico Complementar Absorvido (Mudança na Lei da Carreira – 11.091/05);
– Isonomia salarial e de benefícios entre os Três Poderes.
Pauta geral, com pontos que têm relação direta com a sociedade:
-Luta contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH);
-Luta contra a terceirização e por concurso público;
-Luta pela implantação da jornada ininterrupta de trabalho de 30h sem redução de salário;
-Luta contra a medida provisória (MP) 568/12, sobretudo nos artigos que atingem a redução salarial dos médicos e médicos veterinários e dos adicionais de insalubridade e de periculosidade.
-Luta por 10% do PIB para Educação;
-Luta em defesa da negociação coletiva;
-Data base e definição da política salarial;
-Ascensão Funcional (em defesa da PEC 257/95).
*Andes
Pauta do indicativo de greve:
a) Pela reestruturação da carreira docente, prevista no Acordo 04/2011, descumprido pelo governo federal, com valorização do piso e incorporação das gratificações;
b) Pela valorização e melhoria das condições de trabalho docente nas IFES.
Com referência na Pauta da Campanha 2012 aprovada no 31º Congresso do ANDES-SN e já protocolada junto ao governo.
Sinasefe
Confira aqui a pauta do Sinasefe.
*Fonte: página do Andes-SN.