Assembleia e delibera sobre ações contra o ataque do governo às progressões, elege representação para Plenária da Fasubra entre outras questões. Confira!
A categoria dos técnico-administrativos em Educação na Ufes aprovou paralisar as atividades em 18 de março, Dia Nacional de Lutas, Protestos e Paralisações. A decisão foi tomada pela assembleia geral unificada, realizada na manhã desta terça-feira, 3 de março, na sede do Sintufes, em Goiabeiras.
A assembleia deliberou sobre ações contra o ataque do governo Bolsonaro à carreira e aos à educação pública, suspendendo progressões e contratações, entre outros investimentos do MEC voltados para o funcionalismo público e garantidos em lei. Esses ataques estão num ofício que o Ministério da Educação enviou as universidades no início de fevereiro. Apesar de seus efeitos já estarem sendo sentidos na universidade, a Ufes ainda não se manifestou.
A categoria também elegeu a delegação que vai representar a base do Sintufes na Plenária da Fasubra, prevista para os dias 13, 14 e 15 de março, em Brasília. A assembleia convocou todas e todos para participarem das atividades do Dia Internacional da Mulher (#8M2020), que vai contar com a Marchas das Mulheres, que será realizada nesta sexta-feira, 6. Veja a programação abaixo.
Além de paralisar as atividades no dia 18, as/os trabalhadoras/es da Ufes vão observar a construção das ações que serão realizadas na data aqui no Estado. Na noite desta terça, 3, acontece a segunda reunião de preparação para a luta do dia 18, na sede da Adufes, no campus de Goiabeiras. A primeira foi realizada no Sintufes, antes do Carnaval. O dia 18 vem sendo construído para ser um forte momento de luta em defesa dos serviços públicos, empregos, direitos e democracia em todo o País.
Nas ruas em defesa das mulheres!
Antes do Dia Nacional de Paralisações e Mobilizações, a categoria vai às ruas em defesa das mulheres. É que nesta sexta-feira, 6 de março, acontece a Marcha do Dia Internacional da Mulher – #8M2020, aqui no Estado. Como a data cai num domingo (8 de março), o ato público será realizado dois dias antes. A concentração será a partir das 15 horas, em frente à Defensoria Pública do Espírito Santo, no Centro de Vitória. O Fórum de Mulheres do Espírito Santo encabeça a organização da marcha.
Além da marcha, o Sintufes preparou uma programação, também no dia 6, em lembrança ao Dia Internacional da Mulher. E o Fórum vai realizar outra atividade no dia 8 de março.
Confira a programação:
Atividades do Sintufes
6 DE MARÇO – SEXTA-FEIRA
• 7 horas – café da manhã no Hucam;
• 12 horas – almoço em Goiabeiras;
• 13h30 – palestra em Goiabeiras;
• 14h30 – saída para Marcha das Mulheres.
• Interior: Sintufes planeja realizar atividades lembrando o 8 de março nos campi avançado, que em breve serão divulgadas.
Atividades do Fórum das Mulheres
Sexta-feira, dia 6: Marcha do Dia Internacional das Mulheres, concentração a partir das 15 horas; e saída às 16 horas. O percurso da Marcha deve ser encerrado no Mucane, Museu Capixaba do Negro, próximo ao Parque Moscoso.
Domingo, dia 8, às 15 horas: Ato político-cultural, Parque Moscoso, Vitória.
Luta contra ataques
Na assembleia foi alertado sobre a importância da categoria ir à luta no dia 18, mas seguir lutando depois disso. Foi lembrado que os técnicos na Ufes já estão em estado de greve e que não está descartado um movimento paredista unificado com outros setores da educação – e com outros setores do serviço público e da iniciativa privada, inclusive. Foi lembrado que os petroleiros realizaram greve, assim como trabalhadores da Dataprev, da Casa da Moeda, entre outros.
Na verdade motivos para construção de greve contra os ataques do governo não faltam. O ofício do MEC suspendendo progressões é prova disso. A Reforma Administrativa, que pode ser aprovada ainda no primeiro semestre, vai promover a destruição das carreiras do funcionalismo público, trazendo inclusive a proposta de redução salarial de 25% com redução da jornada. Ou seja, caso seja aprovada a reforma: o trabalhador vai chegar no local de trabalho e poderá ser informado que a carga horária foi reduzida de 8 para 6 horas diárias. Isso parece bom, né? Porém, essa redução virá com a redução salarial. Exemplo: quem ganha R$ 3 mil vai passar a trabalhar 2 horas a menos, perdendo R$ 750, ficando no final do mês com R$ 2.250.
Ah, vale lembrar que a Reforma da Previdência vai começar a ser sentida no próximo contracheque, com o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%. Sem falar no aumento do tempo de contribuição e da idade mínima para se aposentar. Além desses ataques, o governo e o Congresso têm interesse em aprovar: Medida Provisória (MP) nº 905, as Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) nº 186 (PEC Emergencial), 187 (PEC dos Fundos) e 188 (PEC do Pacto Federativo) e a privatização dos serviços públicos, das empresas públicas e das estatais.
Tá vendo a quantidade de ataques? Agora, você acredita em negociação com este governo? O ministro da Economia chama os servidores de parasitas. O ministro do MEC, mal sabe escrever, mas lançou o ofício atacando as progressões. E trabalha para privatizar as universidades, tanto que já tentou instituir o Future-se, ano passado. Não conseguiu por conta da reação da classe trabalhadora e do movimento estudantil.
E isso é um exemplo que mostra que a união de trabalhadores estudantes pode fazer a diferença.
Ações do Sintufes contra ataque às progressões
A direção do Sintufes informou que vem tentando marcar reunião com a Reitoria da Ufes, mas a gestão da Universidade não define uma agenda. O sindicato quer cobrar da Universidade que ela se posicione diante do ofício do MEC, que suspende progressões, contratações etc.
Além de estar cobrando a reunião, por decisão da assembleia, o Sintufes vai solicitar a lista dos trabalhadores que já estão com o prejuízo nas progressões. Vale ressaltar que a Fasubra está tomando as medidas jurídicas, por meio de uma ação civil pública movida com o Andes e o Sinasefe. Já o Sintufes não tem como tomar medida na Justiça local, pois a Ufes não tem posicionamento sobre o ofício, apesar das progressões já estarem suspensas na Universidade.
Plenária da Fasubra
A representação do Sintufes na Plenária da Fasubra vai defender a aprovação de um indicativo nacional de greve da Fasubra em conjunto com as seções nacionais do Andes e do Sinasefe, pois o entendimento é de que a Federação dos técnicos não deve entrar sozinha em um movimento paredista. A Plenária será realizada nos dias 13, 14 e 15 de março, em Brasília.
Foram eleitas duas chapas, somando quatro representantes da categoria para a Plenária da Fasubra. Além dos quatro, o coordenador do Sintufes Ivan Gomes vai como representante da direção. As chapas eleitas em breve vão indicar e informar os seus dois nomes que vão participar da Plenária.
Informes
Na seção de informes, o Sintufes lembrou que fará plantões do setor Jurídico na próxima semana. O objetivo é retirar dúvidas sobre as regras de transição, que mudaram em virtude da Reforma da Previdência ter entrado em vigor.
Os plantões serão:
Hucam: 11 de março (quarta-feira) – das 9h às 12 horas
Goiabeiras: 13 de março (sexta-feira) – das 9h às 12 horas
Na seção ainda foi informado que o Sintufes fará assembleia de prestação de contas (exercício 2019), no dia 26 de março, às 9h30, em Goiabeiras. E que no dia 20 (sexta-feira) do mesmo mês, a Coordenação de Aposentados do Sintufes vai realizar o primeiro encontro de 2020. A partir das 10h30, também na sede do sindicato.
A assembleia foi conduzida pelas diretoras Luar Santana e Joanicy Pereira e pelo diretor Ivan Gomes.