A categoria dos técnico-administrativos na Ufes decidiu por aceitar que a Fasubra siga adiante nas negociações com o Governo Federal. A decisão foi tomada em assembleia unificada, realizada nesta terça-feira, 21, no auditório do Centro de Ciências Exatas, no campus de Goiabeiras, em Vitória.
A única ressalva sugerida pela assembleia foi que o reajuste, de 15,76%, a ser pago dividido três parcelas no próximo triênio, comece a valer em janeiro de 2013, e não em março, como o havia proposto o governo.
Agora, a Federação receberá as decisões das assembleias de outras unversidades para se reunir, nesta quarta-feira, 22, com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), em Brasília.
Se a maioria decidir que aceita a proposta, a Fasubra repassará a decisão para o Governo. E na próxima sexta-feira, 24, o Sintufes realizará nova assembleia para deflagrar o fim da greve e o retorno das atividades na data prevista de 27 de agosto.
Não é o ideal
A coordenadora geral da Fasubra e diretora do Sintufes, Janine Teixeira, começou a assembleia fazendo um histórico das negociações com o Governo. Apesar das dificuldades em negociar, ela destacou os avanços, conquistados pela greve forte na educação pública federal.
O governo dizia que não negociava com grevista. Mas a nossa greve foi a maior greve da educação de todos os governos do PT, e a Fasubra só foi recebida após o governo negociar com um sindicato dos docentes que não tem a representação do Andes, lembrou a diretora.
Janine também citou o que poderia acontecer se a categoria não aceitasse a proposta.
Ano passado (2011) nossa categoria ficou sozinha na greve e não conquistamos nada. Agora, se a gente não aceitar essa proposta, que não é tão boa, ela será repassada para outras categorias que também estão em greve. Então, a gente tem que pensar bem, pois esses R$ 2,9 bilhões poderão ser destinados para outros trabalhadores, e aí a gente pode ficar sem nada e sem forças para fazer novos movimentos e novas greves para termos novas conquistas, alertou a coordenadora.
Aposentados. Janine lembrou ainda que a categoria dos técnicos tem uma vantagem que nenhuma outra tem.
“A greve não nos deu tudo, mas deu a amplitude de uma carreira que garante que os aposentados tenham o mesmo percentual, é uma carreira que é um ponto fora da curva no governo, ressaltou.
Além da paridade dos aposentados, a proposta traz mudanças no step e nos anexos III e IV do plano de carreiras.
Confira aqui detalhes da proposta no Informe de Greve da Fasubra.