Sintufes marca presença na luta!
A FASUBRA Sindical e os delegados da Plenária Nacional que se encerrou nesta tarde, 20, participaram do primeiro Ato em reação ao movimento fascista ocorrido na Universidade de Brasília (UnB) na última sexta-feira.
A delegação da Ufes que participou da plenária marcou presença no protesto. “Estávamos lá na luta contra o racismo e a homofobia contra o essa opressão fascista com cunho machista, racista e homofóbico. Não vamos aceitar. Fascistas, racistas, não passarão”, afirma o coordenador-geral do Sintufes, Wellington Pereira, presente no ato.
Centenas de estudantes, técnicos administrativos e docentes lotaram o saguão do Instituto Central de Ciências (ICC/Norte), Ceubinho, na entrada do Minhocão no campus Darcy Ribeiro. O ato organizado pelos centros acadêmicos resultou em uma assembleia da comunidade universitária para o dia 22 de junho, às 15 horas no Teatro Arena da UnB.
De acordo com notícia veiculada no Correio Braziliense no início da tarde, as agressões foram denunciadas ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), responsabilizando a ativista conhecida como Kelly Bolsonaro. Ao jornal, a ativista declarou que não pode ser imputada como organizadora, uma vez que não exerci essa função, disse.
Entenda o caso
Um grupo de manifestantes vestindo roupas pretas com os dizeres vai Bolsonaro e enrolados em bandeiras do Brasil, entraram no ICC gritando palavras de ordem em forma de insultos racistas, machistas e homofóbicos.
Na ocasião, explodiram bombas e ameaçaram estudantes com cassetetes e armas de choque. Os manifestantes protestavam intimidando pessoas favoráveis às greves e manifestações, ameaçando agredir fisicamente.
Em um vídeo das agressões veiculado pela PosTV, no canal do YouTube, uma mulher que se diz empresária chama um aluno de parasita e acrescenta, gay, safado, parasita e maconheiro. A mesma mulher gritou, aqui é Brasil, palavrão, não é ditadura de esquerda.
O grupo gritou palavras de ordem, golpistas, cotistas não passarão! Golpistas comunistas não passarão. Outra mulher no vídeo gritou, É Bolsonaro presidente, e um palavrão.
O filho de uma técnica-administrativa da UnB, também sofreu agressões que foram registradas em boletim de ocorrência pela polícia militar.
Machistas, fascistas não passarão!
A FASUBRA exprimiu profunda indignação contra o grupo que apresentou manifestações discriminatórias e ofensivas. A Direção Nacional trouxe à memória o tempo em que, membros da comunidade acadêmica foram ameaçados e torturados por militares, que invadiram a UnB no período da ditadura militar, em 1964.
De acordo com a Federação, muitos eram jogados na quadra ao lado do banco Santander, na Praça Chico Mendes, para a “triagem” dos interrogatórios e torturas. Lembrou ainda de Honestino Guimarães, militante contra a repressão que também foi levado para interrogatório e nunca mais foi encontrado, passando a fazer parte da lista de desaparecidos da ditadura militar.
A FASUBRA declarou que não se calará, diante da tentativa do fascismo de se reorganizar. Também cobrou posição efetiva da reitoria, não é possível atitudes como essas em nenhum espaço, quanto mais em uma universidade.
Confira o vídeo do momento em que o grupo se manifesta contra os estudantes aqui!
*Com informações da Fasubra.