Gestão enrola ao atender a pauta de reivindicações, mas é bem ágil para judicializar o movimento
Em matéria de gestão, a Reitoria da Ufes e a Governança da EB$ERH deixam a desejar. Porém, quando se trata de conseguir liminar na Justiça para ferir o legítimo direito à greve, a Reitoria e a EB$ERH são muito eficientes.
E mais uma vez, a Reitoria, por meio da EB$ERH, consegue uma liminar, na Justiça Federal, determinando a desobstrução do Same (setor de agendamento de consultas) no Hucam, em Maruípe.
Mas o que aconteceu foi apenas mais um ato surpresa da greve, que é legitima e é um direito da categoria. E, como em todos os atos surpresas, os trabalhadores em greve convencem os demais colegas (terceirizados, da própria EB$ERH) daquele setor a não trabalhar durante um dia.
O ato surpresa no Same começou no início da manhã e se estendeu até as 17 horas, desta terça-feira, 25. Depois desse horário, o Comando Local de Greve recebeu a decisão liminar, que já tinha perdido o seu objeto, uma vez que o ato surpresa já tinha acabado.
Contudo, o prejuízo que fica é o ataque da gestão da Ufes, amparado pela Justiça, contra o legítimo direito de greve dos trabalhadores. Greve essa que já foi julgada legal pelo Superior Tribunal de Justiça.