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Assembleia suspende greve, mas mantém a luta contra os ataques de Temer e da gestão da Ufes

Assembleia suspende greve, mas mantém a luta contra os ataques de Temer e da gestão da Ufes

Sintufes fez um comunicado à Reitoria solicitando agenda com o reitor para tratar da finalização do movimento. E também comunicou a Fasubra sobre o fim da greve


A assembleia geral unificada da categoria decidiu suspender o movimento paredista na Ufes com retorno das atividades previsto para o dia 21 de dezembro de 2017. A decisão foi tomada na assembleia realizada nesta quarta-feira, 20, na sede do Sintufes, em Goiabeiras, Vitória.

Apesar disso, uma série de mobilizações foi aprovada, e a assembleia definiu pela manutenção do estado de greve, em função dos ataques do governo federal, como a Reforma da Previdência; e da gestão da Ufes, sobretudo na questão da jornada ininterrupta.

A questão da jornada, inclusive, vai ser discutida numa nova assembleia, prevista para esta sexta-feira, 22, no Hucam, às 9 horas. A necessidade de se ficar alerta e mobilizado diante dessa situação foi amplamente discutida na assembleia, pois a previsão da categoria é de que a maioria do Conselho Universitário deva referendar a decisão ad referendum do reitor de suspender a Resolução 60/2013 e revogação da modalidade de plantão 12/60 horas no Hucam.

Avaliação mostra que greve foi vitoriosa

A Fasubra foi a única entidade de representação de trabalhadores que deflagrou greve contra os ataques do governo Temer à classe trabalhadora. O movimento foi avaliado como vitorioso, pois contribuiu, ainda que indiretamente, para a não votação da Reforma da Previdência neste ano.

Além disso, o governo recebeu a Federação para discutir as reivindicações da categoria, após um forte ato da greve, realizado no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), em Brasília, no final de novembro. Ou seja, antes do movimento paredista, o governo ignorava todas as solicitações da Fasubra para discutir as reivindicações da categoria.

Outro ponto importante que ocorreu, no dia 18 de dezembro, portanto ainda durante a greve, foi a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender, em decisão liminar, a Medida Provisória nº 805/2017, assinada em outubro pelo presidente Michel Temer, que adiava por um ano o pagamento da parcela de janeiro de 2018 do reajuste salarial dos servidores públicos e elevava de 11% para 14% a contribuição previdenciária dos funcionários públicos federais que ganham acima de R$ 5,3 mil mensais também foi suspenso.

Luta local. Outro ponto bem avaliado foi a mobilização da categoria na luta contra o ataque da Reitoria à jornada ininterrupta. Afinal, uma reunião do Conselho Universitário foi adiada, após um forte ato da greve nas salas das sessões dos conselhos superiores. O reitor, alheio ao debate, cancelou a sessão do dia 30 de novembro, sem consultar os conselheiros, e sem ouvir as reivindicações da categoria.

Depois disso, a sessão do Consuni, prevista para o dia 19 de dezembro, não foi realizada. Nela, o Conselho iria referendar as decisões ad referendum do reitor, que suspenderiam a Resolução 60/2013 e a jornada flexibilizada (escala 12/60 horas) no Hucam. O Comando de Greve fez um ato na sala das sessões, e a reunião do Consuni nem sequer começou. E o reitor nem sequer apareceu para dialogar com a categoria, mostrando seu total descaso para com a pauta dos TAEs.

A assembleia se mostrou disposta a seguir nesse enfrentamento.

Comunicado

O Sintufes fez um comunicado à Reitoria solicitando agenda com o reitor para tratar da finalização do movimento. E também comunicou a Fasubra sobre o fim da greve.

Confira as mobilizações aprovadas

-Ficar atento às lutas e às convocações do Sintufes para os futuros enfrentamentos aos ataques, sejam os do governo federal sejam os da gestão da Ufes;

-Enviar e-mails aos parlamentares cobrando voto contra a Reforma da Previdência; atos no aeroporto para pressionar os deputados, no início de 2018;

-Manter mobilização para a questão da flexibilização da jornada na Ufes, pois ela pode ser votada ainda neste ano;

-Continuar com setoriais, investir em mídia com outras entidades para barrar a Reforma da Previdência;

-Solicitar reunião com o reitor e enviar documentos aos diretores de centro também;

-Sensibilizar os conselheiros do Consuni a votarem em favor da categoria e não decidirem pela suspensão da resolução e da flexibilização da jornada no Hucam.

Reintegração de posse do Sintufes

Mais um exemplo da perseguição da gestão da Ufes à categoria é o processo de reintegração de posse do terreno da sede do Sintufes, em Goiabeiras. O reitor decidiu, ad referendum, em 30 de novembro, a fazer uma série de cobranças da utilização do espaço de anos anteriores.

Em função disso, a assembleia, logo em seu início, decidiu aceitar a proposta de um novo contrato de cessão do espaço para valer a partir de agora. A proposição foi feita pelo representante dos TAEs no Conselho Universitário (Consuni), conselheiro Luciano Calil. A nova proposta vai ser avaliada pela Procuradoria da Ufes.

Caso não seja alterada, a proposta prevê a cessão de uso do terreno com abatimento dos valores das benfeitorias feitas no local e também com abatimento de novas obras, projetos etc.

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