A assembleia geral aprovou a adesão da categoria ao Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública, convocado para 13 de agosto. Nas falas da assembleia, realizada na manhã desta quarta-feira, 24, na sede do Sintufes, em Goiabeiras, filiadas/os apontaram a necessidade de se fazer o enfrentamento dos ataques do governo às universidades, que vão muito além dos cortes nos repasses orçamentários.
Afinal, o programa Futura-se, apresentado pelo MEC, recentemente, é visto como um caminho para a privatização das instituições federais. Aliado a isso, há indícios, no governo, de transformar as universidades em organizações sociais, o que representaria o fim da carreira dos técnicos, de professores, abrindo precedentes para que a iniciativa privada assuma diversos atividades nas instituições federais.
A situação econômica do País também foi ponto de alerta. O governo diz que aumentou o número de empregos, o que é um grande engodo. Pois as estatísticas podem até apontar que aumentou o número de pessoas ocupadas. Mas essas ‘ocupações’ não podem ser consideradas empregos, pois não há segurança nenhuma. É o caso de pessoas trabalhando de bicicletas, como entregadores em domicílio de comida pedidas via aplicativo. Um ‘bico’ que em nada tem a ver com emprego. Ea pessoa se submete a ele pela necessidade de sobrevivência.
Outra questão essencial analisada pela assembleia foi a de uma grande participação da comunidade universitária e da sociedade em geral nas próximas ações em defesa da educação pública.
O ato previsto para o dia 13 (assim como as demais atividades que estão sendo programadas para semana da data) precisa ser forte, unificado e com a participação em massa de técnicos, professores, estudantes em favor de que a Ufes continue pública. Pois sem luta, a universidade poderá, brevemente, acabar enquanto instituição gratuita e pública de promoção de ensino, pesquisa e extensão como ciência, e não mercadoria. Lembrando que a grave crise financeira que assola as universidades, será utilizada pelo governo como justificativa para privatizá-la.
Informes. A assembleia contou ainda com informes sobre o fim das funções gratificadas e da avaliação de desempenho, cujas informações podem ser encontradas na página do Sintufes.
Além disso, outro informe foi sobre golpes aplicados contra aposentados. Um desses casos foi noticiado na mais recente edição do Jornal do Sintufes. Foi que um aposentado recebeu um telefonema, que seria de uma seguradora. A atendente dizia que ele iria conseguir reaver mais de R$ 60 mil que seriam de um valor acumulado ao longo dos anos de contribuição dele junto ao Sintufes. Isso não existe! O sindicato não é instituição financeira, nem oferece o sistema de capitalização aos seus filiados. Como o aposentado gravou a ligação, o Sintufes está tomando as medidas cabíveis. Mas fica o alerta: se alguém ligar dizendo que vai devolver as mensalidades que você pagou ao sindicato, NÃO DÊ BOBEIRA, POIS É GOLPE!