Consuni aprova resolução que não garante o turno contínuo em toda a Ufes. Comissão é criada para avaliar quais setores podem trabalhar ininterruptamente
Atenção trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) na Ufes! O Conselho Universitário aprovou, no dia 31 de outubro, o projeto de resolução da regulamentação da jornada de trabalho dos TAEs na Universidade Federal do Espírito Santo.
Por isso, agora mais do que nunca, os trabalhadores precisam se organizar ainda mais na luta em defesa da jornada ininterrupta em toda a instituição!
Pois só com organização a categoria vai sair vitoriosa, lutando para fazer valer a proposta dos TAE’s, aprovada pelo Congresso dos Trabalhadores, em novembro de 2012. Sem a organização dos técnicos, a Ufes não terá uma jornada única. E setores de um mesmo centro poderão ter cargas horárias diferentes.
Em luta pela jornada ininterrupta, trabalhadores estiveram na Reitoria e acompanharam da antessala do Consuni as deliberações em torno da jornada e do ponto eletrônico para a universidade, no dia 31.
Comissão é criada para avaliar quais setores podem ter jornada ininterruptaA proposta de resolução do Consuni indica que poderá ser adotada junto a determinados setores da Universidade a jornada de 30 horas semanais, observando requisitos previstos em lei.
Para isso, foi aprovada a criação de uma comissão que vai analisar e propor ao Conselho Universitário quais os setores onde será permitida a adoção da jornada de ininterrupta.
Por outro lado, o projeto de resolução da jornada de trabalho – aprovada pelo Consuni, determina que a carga horária diária de trabalho dos servidores técnico-administrativos (com exceção daqueles que possuem legislação própria e daqueles que poderão atuar no turno ininterrupto após a avaliação da comissão) será de 40 horas semanais, com jornada de oito horas diárias.
Essa jornada poderá ser cumprida com intervalo de uma a três horas para alimentação ou repouso; ou em um único turno de sete horas, sem intervalo para alimentação, com uma hora de sobreaviso diária.
Opções que não garantem o funcionamento ininterrupto de todos os campi. Por isso, trabalhadores, vamos organizar e fortalecer a luta pela jornada ininterrupta em todos os campi da Ufes, convoca a diretoria colegiada do Sintufes.
Ponto eletrônico: é feita a vontade da CorteO Consuni aprovou o controle da jornada de trabalho dos trabalhadores por meio do sistema de ponto biométrico, mesmo sendo alertado que o instrumento é caro e há outras formas de controle de frequência que também são eficientes.
A intranet, por exemplo, foi o mecanismo escolhido pelos trabalhadores técnico-administrativos em educação para controle da frequência. Essa foi uma deliberação do IX Congresso dos Trabalhadores na Ufes, realizado em novembro de 2012.
E os trabalhadores alertaram e vão continuar alertando que o ponto biométrico tem custo alto para implantação e também para a manutenção e que por isso não poderia ser descartado.
Apesar do alerta e da proposta da categoria dos TAEs referendada em Congresso, o Consuni aprovou o ponto biométrico, que será regulamentado em breve pelo próprio Colegiado.
Prevaleceu a vontade da Corte da Ufes frente à proposta defendida pelos trabalhadores e muito mais em conta para os cofres públicos, frisou a direção colegiada do Sintufes.