Termina a greve dos trabalhadores da Ufes

Termina a greve dos trabalhadores da Ufes

Após mais de 110 dias, a greve dos trabalhadores das universidades federais chega ao fim. Os técnico-administrativos em educação (TAEs) da Ufes decidiram seguir a orientação da Fasubra, em assembleia geral realizada na sede do Sintufes, em Goiabeiras, Vitória, na manhã desta segunda-feira, 26.

A partir desta terça-feira, 27, os trabalhadores da Ufes retomam as atividades. Porém, a luta da categoria continua, conforme deliberação do Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra. A greve da categoria teve início no dia 06 de junho.

Orientação da Fasubra: saída unificada
No dia 16 de setembro, o informe de greve (IG) do CNG havia apontado uma saída unificada da greve prevista para o dia 26 de setembro. 

Essa decisão foi encaminhada às bases. Os trabalhadores da Ufes, em assembleia geral no dia 22, resolveram não acatar a orientação da Fasubra. Eles entenderam que não era o momento para sair do movimento.

Porém, na sexta-feira, 23, o CNG deliberou mais uma vez pela saída unificada. E apenas oito instituições, dentre elas a Ufes, quiseram continuar em greve. 37 universidades apontaram o retorno às atividades na data sugerida pela Fasubra.

Como ficaria inviável manter uma greve sem o apoio nacional, os trabalhadores da Ufes decidiram acabar com o movimento paredista. Porém, eles defendem a continuidade das negociações com o governo, apontaram os pontos positivos da greve, além de algumas traições ao movimento. 

Luta continua, e categoria já tem previsão para próxima greve
A diretora do Sintufes Janine Teixeira apontou dois momentos da greve considerados por ela como traições ao movimento paredista dos trabalhadores.

Segundo ela, a categoria sofreu com o bloco governista da Fasubra que chegou a votar contra as decisões da base no CNG, nas primeiras semanas da greve, numa clara tentativa de enfraquecer o movimento.

Outra traição, de acordo com a diretora, foi a decisão da saída unificada acontecer justamente no período em que a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) está sendo votada pelo Congresso Nacional.

O projeto de lei 1749/2010, que cria a Ebserh foi aprovado pela Câmara Federal, na terça-feira, 20. A proposição seguiu para o Senado, agora como projeto de lei da câmara (PLC) 79/2011, que se for aprovado iniciará um processo de privatização dos hospitais universitários.   

Apesar disso, Janine lembrou que os trabalhadores da Ufes são de luta e já adiantou uma nova paralisação para 2012.

Em março, estaremos em greve para lutar pelas nossas reivindicações salariais. Dessa categoria aqui do Espírito Santo ainda vai sair muita luta, pois a gente é firme, ousado e luta sempre, apostou a diretora.

O membro do Comando Local de Greve de São Mateus Sandro Dalbon disse que a greve uniu os trabalhadores, e que no Ceunes (Centro Universitário do Norte do Estado), a categoria começa a lutar por questões pontuais daquele campus.

Outros trabalhadores também consideraram o movimento vitorioso, apesar do governo não ter acenado com nada de concreto.

Agora a luta dos trabalhadores gira em torno da não aprovação da Ebserh, do piso salarial de três salários mínimos, da mobilização para barrar que outros projetos de lei, como o que altera as regras para insalubridade, sejam aprovados.

Confira o calendário de mobilização e demais informações sobre o fim da greve no IG do CNG/ Fasubra.

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