A categoria dos trabalhadores técnico-administrativos se juntou a estudantes e professores da Ufes, além de profissionais da educação pública municipal e estadual para reforçar o grito nas ruas por direitos sociais, melhores condições de trabalho, mais investimentos na saúde e educação e por melhorias nos serviços públicos prestados à população.
Foi o Dia Nacional de Greves e Mobilizações, realizado em diversos pontos da Grande Vitória e do interior capixaba, nesta quinta-feira, 11 de julho de 2013.Dia que foi um tanto que atípico para uma quinta, uma vez que a grande maioria dos estabelecimentos comerciais estava fechada e nenhum ônibus do transporte público municipal e intermunicipal circulou. Sem falar que a série de manifestações foi feita a partir do início da manhã, com boa presença da classe trabalhadora, e não ao final da tarde, como ocorreu com a onda de protestos que marcou, sobretudo, o mês de junho no ES.
E já ao final da tarde, a Justiça NÃO DECIDIU SOBRE O PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE da Assembleia Legislativa, solicitado por deputados. “O juiz de plantão entendeu que não competia a ele decidir. Assim (o pedido) será distribuído para um outro juiz amanhã no horário de expediente. Aí é que ele vai dar ou negar a reintegração de posse”, informou a ex-deputada estadual Brice Bragatto, via Facebook.
Educação se concentra no campus de GoiabeirasSempre na lutaSe a decisão da Justiça e esta quinta-feira (11) foram um tanto que atípicas, a mobilização em torno da greve geral mostrou a peculiar força da classe trabalhadora lutando por seus direitos e por direitos de toda a população nas ruas.
Na capital, a concentração da base do Sintufes e de outros profissionais da educação foi no campus de Goiabeiras. Pouco depois das 11 horas, eles saíram das dependências da Ufes e tomaram a Avenida Fernando Ferrari.Na via, eles encontraram trabalhadores rurais e de outras categorias que vieram em marcha de Carapina, no município de Serra, limite norte da capital.Dali, os manifestantes percorreram pela Reta da Penha até chegar nas proximidades da Terceira Ponte, de onde partiram para Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), na Enseada do Suá.Em frente à Ales, houve o encontro com outros sindicatos, como da área da saúde, dos bancários, entre outros, que vieram do Centro de Vitória.Ali, o encontro de faixas e cartazes dos manifestantes e as falas das lideranças sindicais reafirmavam a cobrança popular por melhorias nos serviços públicos, mais investimentos em saúde, educação públicas, fim das privatizações dos serviços públicos, mais respeito e dignidade para com a classe trabalhadora e com os aposentados.Estamos nas ruas, pois sempre estivemos nas ruas, lutando pelos nossos direitos. Lutando pela educação pública gratuita, de qualidade, lutando pelo fim da privatização da saúde pública, lutando contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, contra a terceirização que só precariza o trabalhador. Estamos na luta também pelo fim do pedágio na Terceira Ponte e em solidariedade com o movimento #OcupaAles. E estamos na rua, onde sempre estivemos lutando, compondo essa greve geral em todo o País, frisou o coordenador de Formação Sindical do Sintufes, Wellington Pereira.
Grevistas dão apoio em solidariedade aos manifestantesque ocupam a Ales há mais de uma semana
Apoio Em frente à Assembleia Legislativa, foi informado que havia sido solicitada, por deputados estaduais, a reintegração de posse da Casa de Leis, que há nove dias segue ocupada por cerca de 100 manifestantes que cobram a aprovação do decreto de lei, que extingue o pedágio na Terceira Ponte. Segundo eles, a desocupação só ocorrerá após a aprovação.
Porém, essa luta encontra resistência por mais da metade dos deputados, que só vão levar o projeto ao Plenário quando a Ales for desocupada.Diante disso, durante o ato, os manifestantes de fora do prédio sugeriram fazer uma vigília, alegando que assim que todos saíssem dali, a Polícia Militar poderia entrar e retirar os militantes que ocupam à Casa do povo.Mas, pelo visto, os deputados terão de esperar, pelo menos até esta sexta-feira, 12, já que a Justiça não decidiu pela reintegração ou não da Ales.Importante seria se a Justiça negasse o pedido de reintegração, fazendo valer o apelido da Assembleia, a Casa do povo. Afinal, o povo é muito melhor representado pelos manifestantes que ocupam a Casa, do que por boa parte dos nobres parlamentares que lá cumpre seu mandato.Clique aqui e confira o álbum de fotos.