As Eleições Gerais de 2022 no Brasil serão realizadas em 2 de outubro (primeiro turno). O eleitorado brasileiro vai votar para definir: presidente, governador, senador (uma das três vagas), deputados federal e estadual.
Diante deste cenário de extrema importância para toda a população, a assembleia do Sintufes, realizada em 18 de maio de 2022, tomou decisões considerando que:
☆ Vivemos o pior momento da história do Brasil, pós-redemocratização, do ponto de vista político, econômico e social, que tem afetado a credibilidade do País e a vida do povo brasileiro;
☆ A crise que passam as Universidades por conta dos cortes sucessivos nos seus orçamentos;
☆ O SUS criado em 1988, a partir de um quadro catastrófico do Brasil, onde grande parte dos brasileiros eram tratados como indigentes, sem direito a tratamento de saúde pelo estado, e que veio para universalizar o acesso da população, tem sofrido, além dos cortes sistemáticos do seu financiamento e desvios de verbas por gestores/políticos, ameaças para sua privatização. O que seria para o povo brasileiro, atravessar a pandemia da covid-19 sem o SUS!?
☆ A falta de empatia, humanidade e solidariedade de Bolsonaro com o povo brasileiro, principalmente ao povo pobre, negro, LGBTQIA+ e as vítimas e parentes das mortes por covid-19;
☆ As recorrentes tentativas de ataques de Bolsonaro às instâncias de poder e à Constituição Federal do Brasil;
☆ As sucessivas denúncias de corrupção em diversos ministérios, como o da Educação, denunciado pela imprensa, recentemente, onde pastores fizeram intermediações inescrupulosas entre o MEC e prefeitos de diversas cidades do país; e no Ministério da Saúde, sob o comando do General Pazuello, quando se negociava nos gabinetes, propinas de 1 dólar por dose da vacina, conforme confirmado à CPI da Pandemia, por Luiz Paulo Dominguetti, representante da empresa Davati, e superfaturamentos para beneficiar a Precisa na venda de testes de covid, entre outras;
☆ É necessário acabar com o teto de gastos, não para fazer como Bolsonaro, que usa dinheiro para orçamento secreto ou outros absurdos, mas para investir em políticas públicas e desenvolvimento da economia;
☆ Não é necessário privatizar a Petrobrás, e sim investir nela para que possamos voltar a patamares visando a autossuficiência de petróleo, combustível e todos os seus derivados, garantindo um preço baixo dos combustíveis e gás de cozinha para o nosso povo;
☆ É necessário rever as “reformas” trabalhista, CLT, previdenciária, além das que estão em discussão no Congresso Nacional, como a “reforma” administrativa, que precisa ser eliminada e retirada de pauta;
☆ Estamos com os salários congelados há mais de cinco anos, o que nos tem causado dificuldades para pagamentos das nossas despesas; enquanto que, aos militares, os aumentos geraram acréscimos nominal da folha da ordem de 26,8%. Pior ainda, encontram-se os trabalhadores da iniciativa privada, onde o salário mínimo, pela primeira vez, nessa Constituição, amargam uma perda no seu poder aquisitivo da ordem de -1,9%, diferentemente de Bolsonaro e toda a estrutura de poder, que na semana passada foram agraciados com 69% de aumento, sem falar nos generais que estão no primeiro escalão, que ultrapassaram o teto constitucional, em mais de R$ 350 mil por ano, conforme denunciado pela grande mídia;
☆ Em 2018, elegeu-se no país, uma maioria de governantes, senadores e deputados com perfil conservador, que apoiaram todas as maldades desses governantes, reduzindo e/ou acabando com as politicas públicas, e principalmente a Educação e a Saúde, tornando mais difícil vida da maioria do povo;
☆ É necessário romper com as políticas neoliberais do DESgoverno Bolsonaro.
Diante dessas considerações, a assembleia deliberou em torno das seguintes orientações à categoria:
-Vote em candidaturas que tenham referências nas lutas sociais e que defendam políticas públicas que fomentem a economia, a produção, o emprego, salários, saúde, educação, lazer, segurança, tendo como prioridade o ser humano;
-NÃO VOTE nos partidos e nas candidaturas conservadoras que têm elaborado e aprovado “reformas” e políticas que excluem a maioria do povo brasileiro das condições básicas e necessárias para uma melhor qualidade de vida;
-NÃO VOTE no atual presidente, Jair Bolsonaro, para que não seja agravada a qualidade de vida do povo e do estado brasileiro.